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O incrível começo do estreante Zan Tabak no comando técnico do Baskonia, na Espanha

Fábio Balassiano

05/01/2013 12h45

O tradicionalíssimo Baskonia (ex-time de Tiago Splitter e Huertas) fez o que parecia impossível no começo dessa temporada: demitiu Dusko Ivanovic depois de quatro anos, alguns títulos, muitas confusões e um temperamento difícil toda vida (antes, ele já havia treinado o time por três temporadas). Para o seu lugar, foi escolhido o croata Zan Tabak (foto), estreante em times de alto nível no basquete (antes, ele havia sido assistente de Real Madrid e Sevilla, além de técnico principal do Girona, da segunda divisão espanhola, e do Trefl Sopot, clube polonês vice-campeão em 2011-2012 da liga local).

Para quem não lembra, Tabak foi tricampeão europeu com o Jugoplastika Split junto com os não menos lendários Dino Radja e Toni Kukoc, campeão da NBA como reserva de Hakeem Olajuwon no Houston Rockets de 1995 e vice-campeão olímpico com a Croácia em 1992 (vocês sabem quem ficou com o ouro, certo?). Chegou ao Baskonia no dia 22 de novembro recheado de desconfiança, e de cara perdeu para o Zalgiris Kaunas, na Lituânia, por bizarros 82-45.

No dia seguinte, na entrevista coletiva, não se escondeu das críticas, e com seus 2,13m garantiu que os vitorianos iriam reagir. Ninguém acreditava, mas, bem, os vitorianos têm, desde então, 12 vitórias seguidas (sete na Liga ACB espanhola e cinco na Euroliga – a última veio essa semana contra o Maccabi, em Tel-Aviv, por 71-70 com cesta final de San Emetrio que você vê no final deste post), Andres Nocioni (foto à direita), que andava muito cabisbaixo, voltou a jogar o ótimo-e-emocional basquete que todos conhecemos (14,5 pontos na Liga ACB e 10,6 na Euroliga), e jogadores que estavam na linha de tiro da torcida passaram a render (Lampe e Bjelica principalmente).

Não é que Tabak tenha transformado o agora vice-líder da Liga ACB (12-3 e duelo contra o Estudiantes, de Lucas Bebê, no domingo) em um timaço de bola, mas seu começo, o começo de um estreante, era tudo aquilo que a Buesa Arena e seus torcedores esperavam: empolgação, um ar de novidade e algumas vitórias surpreendentes. Tudo isso o croata de 2,13m tem conseguido.

De forma surpreendente e calada, como sempre foi com Tabak.

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