Então está confirmado: o site da Confederação Brasileira de Basketball anunciou ontem que a eleição da entidade em 2013 terá mesmo Carlos Nunes, atual mandatário, e Grego (ambos na foto), que já dirigiu a CBB em três mandados antes de Nunes assumir. Para quem acompanha o Bala na Cesta, que deu essa informação há quase um ano, nenhuma surpresa sobre o pleito que deve acontecer em março do próximo ano.

De acordo com o site da CBB, 21 federações apoiaram o lançamento da chapa de Carlos Nunes, que chegou a acreditar que ganharia a eleição sem concorrência. Mas Grego, cujo slogan de campanha é "Chapa Reflexão, Modernização e Transparência", conseguiu sete Federações (Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo) e disputará uma das mais bizarras eleições do esporte brasileiro de todos os tempos.

O BALA NA CESTA AGORA ESTÁ NO FACEBOOK! JÁ CURTIU?

Vocês sabem exatamente o que penso, mas eu repito aqui, não tem problema: triste é um esporte que conta, em uma eleição, com dois candidatos que certamente não mudarão os rumos de um basquete brasileiro que precisa tanto de uma guinada, de uma troca de rota, de uma via diferente, de uma cabeça arejada. Grego pode ter a melhor das intenções ao querer voltar para a Confederação, Nunes é um cara que sempre me tratou bem, mas, não, nenhum dos dois conseguirá (conseguiu?) transformar o basquete nacional em uma modalidade de ponta, digna e popular como em outros tempos – e digo isso pelo que os dois já mostraram em seus mandatos, não apenas por achismos subjetivos. É análise do que já foi feito, simples assim. E fica a questão: se você faz sempre tudo igual, como pode esperar resultados diferentes? Ou estão todos satisfeitos com a situação da bola laranja por aqui?

Apenas para vocês saberem: a entrevista com o Grego será divulgada no primeiro dia útil de 2013. Já enviei dois pedidos a Carlos Nunes para a mesma entrevista, com as mesmas perguntas, mas até agora ele não me respondeu – provavelmente porque não liga pra absolutamente nada disso.

Desanimador o cenário, não? Triste basquete brasileiro…