Para quem começou a ver NBA no início da década de 90, é quase impossível não colocar Tim Duncan e Kevin Garnett como os melhores alas-pivôs ao lado de Dirk Nowitzki, Karl Malone e Charles Barkley. Os caras jogam na liga há tanto, mas tanto tempo (17 anos) que é até difícil não olhar com espanto para o que eles têm conseguido fazer neste começo de temporada.

Até a rodada de ontem (escrevo antes do duelo entre Spurs e Wizards), Tim Duncan tinha nove duplos-duplos em 13 partidas na temporada (era o quarto no quesito em toda a liga), a incrível sequência de quatro partidas seguidas com 20 ou mais pontos e a média de 19 pontos (sua melhor desde 2008), 10,5 rebotes e 76% nos lances-livres, seu melhor índice desde o ano 2000. Seu espetacular desempenho também motiva Gregg Popovich, que o coloca em quadra por mais de 31 minutos por noite.

Do outro lado país, Kevin Garnett tem a missão de ensinar aos novatos pivôs do Boston (entre eles o brasileiro Fab Melo). E não há melhor maneira de ensinar do que fazendo o que ele vem fazendo em quadra. Monstruoso na defesa, KG ainda tem 15,9 pontos (sua melhor marca com os Celtics desde o seu ano de estreia) em controlados 29 minutos de atuação (Doc Rivers sabe que precisa controlar seu leão). Suas recentes atuações contra o Orlando (domingo ele teve 24 pontos e dez rebotes) e Oklahoma (18+9) lembraram o grande Garnett de outrora.

São estilos completamente diferentes em tudo – personalidade, jogo, liderança, caras-e-bocas e habilidade. Mas é muito bom ainda poder apreciar Kevin Garnett e Tim Duncan em quadra. Aos 36 anos, não se sabe até quando eles estarão na NBA. Então é bom aproveitar.

São ou não são dois gênios do basquete?