Não sei você, amigo leitor, sabe, mas na última sexta-feira começou o possante Cariocão adulto de basquete. O Tijuca até que teve trabalho para bater o Botafogo por 86-64, e no outro jogo da rodada o Flamengo bateu facilmente o Riachuelo, clube amador, por fáceis 134-39, na estreia oficial de seu timaço comandado por José Neto (foto) para a temporada 2012-2013. Hoje, às 18h, o Riachuelo mede forças com o Tijuca, enquanto que Flamengo e Botafogo duelam às 20h.

Em primeiro lugar, é necessário dar os parabéns a Riachuelo e Botafogo, que literalmente deram a cara a tapa e entraram no Estadual sem medo, sem o menor pudor de perder de muito, de apanhar. Isso é bacana, muito bacana, e por mais distorções que isso gere (como o placar do jogo do Flamengo mostra, por exemplo), é muito legal que ainda tenhamos alguns heróis da resistência, uma galera que não deixa o basquete morrer.

Por outro lado, é lamentável que exista apenas duas equipes profissionais e competitivas no Rio de Janeiro. Os pragmáticos argumentarão que houve um aumento de três para quatro clubes no Cariocão masculino adulto de 2011 para 2012, como se isso fosse suficiente (juro que gostaria de ter um pensamento tão passivo, tão "festivo" assim, mas não consigo). O fato, cristalino e real, é apenas um: só Flamengo e Tijuca têm estruturas profissionais de basquete no Rio de Janeiro. Muito pouco, evidentemente.

Se a cidade que irá sediar a Olimpíada em quatro anos não consegue produzir um estadual de basquete com oito, dez equipes, é porque o cenário é terrível para a modalidade no Rio de Janeiro neste caso em particular e no país de um modo mais amplo. Campeonato Carioca com quatro clubes é ridículo, mas não surpreende a quem acompanha o esporte aqui, de perto. A Federação é fraca, os clubes estão falidos e o apelo do basquete no RJ é quase nulo na atualidade.

Triste, não?