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Pós-Londres, basquete se prepara para eleição de 2013 - Nunes e Grego são candidatos

Fábio Balassiano

13/08/2012 11h30

Vocês sabem que tudo que é ruim pode piorar, né. Em termos de basquete, isso significa que em 2013 teremos eleições na Confederação Brasileira de Basketball. E quem acompanha este espaço há algum tempo sabe o que isso quer dizer. No dia 21 de novembro de 2011 eu divulguei aqui em primeira mão que Gerasime Bozikis, o Grego, tinha a intenção de voltar ao comando da entidade que presidiu por 12 longos anos.

As coisas caminharam, a Olimpíada passou e o primeiro mandato de Carlos Nunes chega ao fim no começo de 2013. E aí vocês imaginam o que começa a acontecer neste exato momento, certo? Sim, a famosa campanha política que apontará o nome do "novo" presidente da entidade máxima

Nunes é o candidato da situação, Grego, em plena campanha por alguns estados do país, o da (céus!) oposição, e deste canto eu só fico pensando por que diabos não há uma terceira via realmente nova, que realmente apresente algo estruturado, bacana para o basquete brasileiro. Acho que o basquete chegou em um estágio tão baixo, tão fundo do poço (exceção a LNB) que é preciso repensar não só a forma de se jogar (quadra), mas também toda a sua estrutura, toda a sua gestão (que deveria ser completamente profissional). O nome mais indicado seria o de Magic Paula, mas não sei se ela aceitaria uma bomba deste tamanho (até porque, e este é um problema estrutural mesmo, o cargo de presidente da CBB não é remunerado, algo que incentiva, estimula cada vez mais o amadorismo).

Para se ter uma ideia, e eu não sei exatamente como funcionam as outras Confederações, 27 presidentes de federação decidem o destino do basquete do país na eleição. Não há sequer uma chance de ex-atletas, clubes formadores, grandes ídolos participarem de um momento importante como este. E talvez por isso o fisiologismo que existe no basquete há tantos anos esteja impregnado em todos os cantos da modalidade, o que é uma pena.

Enquanto meus sonhos de um candidato com pensamentos arejados e de uma forma de eleição menos centralizada não viram realidade, Nunes e Grego vão se engalfinhar nas trincheiras atrás da maioria dos 27 votos do próximo ano. Que o processo político transcorra na mais perfeita ordem (é possível?), e que alguma boa ideia surja de uma dupla que ajudou/ajuda e muito o basquete a ser praticamente varrido do mapa esportivo deste país nos últimos tempos.

De todo modo, para um esporte que precisa desesperadamente crescer, olhar para uma eleição e ver Grego ou Carlos Nunes é muito depressivo, vão me desculpar.

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