União Soviética de 1988 e Argentina de 2004, exemplos para a seleção masculina em Londres
Fábio Balassiano
03/08/2012 17h20
Mas você, amigo leitor, certamente está se perguntando por que diabos eu estou escrevendo isso tudo, certo? O que quero dizer é que embora a derrota para a Rússia doa, e doa muito, muita coisa ainda está em jogo nas Olimpíadas de Londres. Há, sim, erros que merecem ser corrigidos (como, por exemplo, a marcação final de Leandrinho, uma verdadeira atrocidade, a eterna oscilação do time, e a própria cabeça de Rubén Magnano, que queimou o seu último tempo técnico logo depois de os russos terem parado o jogo), mas baixar a cabeça e ficar remoendo o revés de quinta-feira é um equívoco absurdo.
Em 2004, a Argentina sofreu uma virada da Itália nos segundos finais do último jogo da fase de classificação quando Massimo Bulleri converteu o arremesso e sofreu a falta de Manu Ginobili, conseguindo um ataque de três pontos e selando a vitória italiana por 76-75. Ao invés de medir forças com Porto Rico, teria pela frente a forte equipe da Grécia. Mas os hermanos mostraram força, bateram gregos, norte-americanos e cinco dias depois da derrota para os italianos teve a chance da revanche. Em uma final. Os platenses viram Manu calando Bulleri (2/8 e dois erros em quinze minutos, sua pior produção no torneio), Scola dando um show no garrafão (25 pontos e 11 rebotes) e conquistaram o inédito ouro olímpico.
É a hora da maturidade. É a hora de mostrar que o Brasil veio, sim, para conquistar algo em Londres. Que os comandados de Magnano mirem a União Soviética de 1988 e a Argentina de 2004.
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