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Mais um exemplo da falta de visão da CBB: onde estão à venda as camisas da seleção?

Fábio Balassiano

25/07/2012 11h16

Não foi uma nem outra pessoa que me perguntou aqui na caixinha de comentários ou no Twitter. Foi muita, muita gente que escreveu perguntando onde comprar a camisa nova da seleção brasileira de basquete. E a resposta deste blogueiro foi sempre a mesma: "Não tenho a menor ideia, pois eu também não encontro", dizia, copiando a Confederação Brasileira no microblog (a entidade máxima, como de praxe, não falava nada). Eu não deveria contar a vocês, mas a intenção era fazer um sorteio aqui durante as Olimpíadas de camisa, casaco e short.

Hoje de manhã, o companheiro Jorge Correa, daqui do UOL, informou que as lojas da Centauro, em São Paulo, estão vendendo camisas da seleção brasileira, mas eu mesmo assim fiquei encucado. Depois de 16 anos de ausência da masculina, que, sabemos, é quem realmente puxa o barco em termos de popularidade/mídia na modalidade por aqui, por que diabos não há venda da camisa no site oficial da entidade e/ou em demais lojas esportivas? Se há problemas logísticos/operacionais com venda/distribuição, seria fácil de resolver: a CBB só precisaria procurar um parceiro (a Netshoes faz venda online como ninguém no país…) para solucionar a questão. Como se vê, ainda há (assustadoramente ainda, depois de tudo o que não tem sido feito pelas administrações) demanda para o basquete. Mas é bom alertar: não há demanda/paixão que se sustente sem um pingo de "retribuição".

A alegação da entidade máxima, quando do lançamento da parceria com a Nike (eu fiz essa pergunta, pasmem, há quase dois anos), é que a empresa norte-americana é que cuidaria disso tudo, e que a "exclusividade" para as Lojas Centauros estava sendo revista. Muito tempo se passou, e absolutamente nada aconteceu (não é surpresa, é?). Estamos em ano olímpico, o momento é positivo e há possibilidade de medalha para os rapazes. O problema é que o crescimento técnico que vemos com Rubén Magnano em quadra é inversamente proporcional às ações de marketing que a Confederação Brasileira (não) promove para aumentar a popularidade/visibilidade do basquete no país.

Tudo bem que Magnano é um general, um cara fechado, mas não vimos nenhum anúncio de jornal com os rapazes, nada de diferente para mostrar que, ufa, os rapazes estão de volta aos Jogos. Não é de se estranhar que, talvez com exceção de Anderson Varejão, que faz um ótimo trabalho de divulgação de sua própria imagem, quase nenhum atleta do time nacional seja conhecido do grande público (não sei quanto a vocês, mas quando comento que escrevo sobre basquete muita gente ainda pergunta se Oscar ainda atua, o que não deixa de ser sintomático…).

O que estão esperando? Acabar as Olimpíadas, quando os canhões de imprensa e torcedores voltarão a ser apontados quase que exclusivamente para o futebol? Este é mais um exemplo da falta de visão estratégica que impera na Confederação Brasileira. Que pena!

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