Seleções brasileiras enfrentam os EUA na segunda-feira - será que vale a pena?
Fábio Balassiano
14/07/2012 13h00
Ninguém é maluco de dizer que atuar contra os melhores do mundo é ruim. Não é e nunca será. Mas a gente sabe a motivação comercial que tem por trás disso tudo, né (a Nike, patrocinadora das duas seleções, organizou e alinhou tudo), e fechar os olhos para isso também não é uma boa. Noves fora, também, a questão logística de fazer uma "perna"na América do Norte ao invés de ir para a Europa, onde serão as Olimpíadas.
O que me preocupa em especial é a seleção feminina. O Brasil, como se sabe, não está entre as potências da atualidade, e levou uma tunda da Austrália no último amistoso na Oceania. Desde então, só enfrentou Cuba, que não está nem nas Olimpíadas. Por isso, tenho um pouco de medo do que pode acontecer contra as norte-americanas, que estarão atuando em casa e jogarão em rede nacional. Nova derrota acachapante (bem possível, diga-se) pode minar ainda mais a confiança do time de Luiz Cláudio Tarallo a menos de 20 dias da estreia nas Olimpíadas (estreia, você que acompanha este espaço sabe, contra a França em jogo pra lá de decisivo). Com a masculina, é verdade, isso também pode acontecer, mas acho menos provável (Magnano é cascudo, o time tem jogadores experientes e o nível, se não é próximo, é menos distante em relação ao que acontece com as meninas).
Não sei, de verdade, se seria melhor ir direto pra Europa e enfrentar a Espanha/Lituânia (no masculino) ou a Croácia/República Tcheca (no feminino), mas já que os pratos estão na mesa e o amistoso de segunda-feira é contra os Estados Unidos, só nos resta torcer para que o resultado não mine a confiança dos atletas antes dos jogos que realmente valem alguma coisa – o das Olimpíadas.
Concorda comigo? Teme o que pode acontecer com a feminina na segunda-feira? Comente!
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