Confirmada, Fortaleza será a primeira equipe do Nordeste na história do NBB
Fábio Balassiano
04/07/2012 11h27
Conversei com Alberto Bial ontem à noite (ele estava feliz demais e foi bem bacana ouvir a sua empolgação), e ele confirmou nove atletas: os armadores Davi Rossetto e Matheus, os alas Jimmy, Rogério, André Goes e Schneider, e os pivôs Drudi, Felipe e Adriano (dois estrangeiros ainda podem chegar, de acordo com o treinador).
Com patrocínio da Sky e do Governo do Ceará, o projeto terá três anos de duração garantida, categorias de base, equipe Sub-22 e núcleos sociais em escolas e quadras públicas (o orçamento, e isso não é informação dele, mas de outra fonte, é de cerca de R$ 3 milhões/ano). Além de Bial, estão confirmados na comissão técnica Espiga (ex-assistente dele em Joinville) e Marcelo Bunte, o Tchelo, responsável pelas divisões de base do Fluminense por muito tempo (este um abnegado do esporte que merece um baita reconhecimento!).
1) Fortaleza não foi convidada. Ela apresentou um projeto, que foi avaliado pela Liga e aprovado em seguida. Não houve (e insisto neste ponto) convite para clube algum.
2) Sobre o tão falado Ribeirão Preto, são casos diferentes, segundo Kouros. Chaim Zaher não apresentou projeto, teve a chance de comprar uma franquia (Araraquara) e não o fez. Está fora.
3) Regra importante aqui: a partir de agora, os finalistas da Super Copa Brasil não terão acesso garantido ao NBB. Eles jogarão um mata-mata contra os dois piores do NBB5. Se vencerem, têm as vagas.
4) O limite imposto pela LNB de 50% das vagas para um mesmo estado (no caso, São Paulo) também morre. Se dez clubes paulistas quiserem entrar na Liga, e tiverem condições pra isso, vão entrar.
5) (Para mim, o ponto mais importante) A segunda divisão do NBB, anunciada no Jogo das Estrelas, foi postergada. Não começará mais em 2012-2013, mas sim em 2013-2014. Os vencedores, portanto, só jogarão no NBB7. Por isso, segundo Kouros, a entidade ainda precisa, e deve, ouvir projetos como o de Fortaleza. Como não há divisão de acesso, entra quem a Liga acha que cumpre os requisitos dela.
6) Segundo Kouros, a segunda divisão precisou ser adiada porque alguns times ainda passam por péssimos bocados financeiros. O Tijuca está ameaçado de não jogar o NBB5 (leia aqui), Limeira quase ficou de fora, Vila Velha está sempre com a corda no pescoço e Araraquara fechou as portas. Enquanto, segundo ele, não houver 14, 16 clubes seguros, em condições ideais, lançar um outro campeonato pode ser prejudicial ao NBB. Mas Kouros colocou o limite de lançar a competição junto com o NBB6.
7) De acordo com Kouros, patrocinadores de peso, a entrada no Nordeste, um projeto de longo prazo que engloba alto rendimento, divisões de base e trabalho social, e um ginásio provavelmente cheio e em boas condições (o Paulo Sarasate tem capacidade para 8 mil pessoas) foram pontos que contaram na escolha da cidade cearense.
8) Por fim, Kouros disse que o crescimento técnico é o principal ponto que será trabalhado pela Liga para o NBB5. O nível dos jogos, e isso eu canso de repetir por aqui, ainda, na palavra do presidente, precisa evoluir muito. É ótimo que Kouros pense assim, de verdade!
E você, o que acha da entrada de Fortaleza no NBB5? Comente na caixinha!
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