Érika se apresenta, e seleção completa terá mais de 70 dias de preparação para as Olimpíadas
Fábio Balassiano
16/05/2012 15h15
De cara, eu espero que os treinos de Tarallo sejam muito focados na defesa, grande deficiência da seleção feminina nos últimos anos em competições de alto nível, e que as jogadas com Érika (insisto: a melhor pivô do mundo) estejam na ordem do dia (na verdade, o garrafão precisa ser municiado exaustivamente, pois conta, além de Érika, com Damiris, Franciele e Clarissa). Se não for pedir muito, é importante que o time não abuse das bolas de três pontos (29,5% no Mundial de 2010) e que os erros sejam diminuídos (16,7 no Mundial e 16,8 nas Olimpíadas de 2008).
Mas não é só isso. Hortência e a diretoria da Confederação precisam garantir (e isso a Rainha já disse que acontecerá) que amistosos de alto nível sejam marcados (três contra a Austrália estão confirmados, o que é excelente). Chegar em Londres sem ter sido testada, como foi em Pequim, quando a preparação foi uma lástima, é meio caminho errado para uma eliminação precoce ou uma campanha decepcionante. Até agora, porém, o que foi anunciado foram dois jogos contra Cuba – e é bom lembrar que Cuba não é mais a mesma equipe do começo da década de 90 -, e isso não é uma boa notícia.
O Brasil (ainda) não tem time para chegar ao jogo do ouro contra os Estados Unidos, mas como o basquete feminino é muito equilibrado e sem tantos times de alto nível, uma preparação longa pode fazer a diferença lá na frente (como foi no Mundial Sub-19). Repito: vencer na estreia e passar em terceiro lugar no grupo podem garantir um confronto bom nas quartas-de-final e uma chance maior de vaga nas semifinais (briga por medalha, portanto).
É hora de arregaçar as mangas e trabalhar muito, não?
Sobre o blog
Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.