Depois da surra no jogo 1, Los Angeles Lakers tenta reação contra Oklahoma nesta noite
Fábio Balassiano
16/05/2012 00h11
Não se analisa basquete apenas pelos números, mas alguns chamam bastante atenção. A defesa do Los Angeles Lakers sob o comando de Mike Brown não é excelente, mas é boa. No jogo 1, levou 98 pontos em 36 minutos e viu os rivais chutarem acima dos 53%, um absurdo. Se isso não fosse muito, forçou os Thunder a apenas quatro desperdícios de bola (uma das menores marcas da história da NBA em playoff). Na transição, uma das grandes deficiências angelinas, foram 13 pontos e 71,4% de aproveitamento de acerto assim (também um índice altíssimo). Outro grande problema foi a marcação nos bloqueios para Russell Westbrook iniciar as ações. Serge Ibaka ou Kendrick Perkins paravam depois do meio da quadra, Westbrook driblava e depois simplesmente arremessava livre. Sem choro, nada. Corta, respira, arremessa, cesta. Mole.
Há, sim, formas de os Lakers tentarem minimizar algumas das qualidades do Oklahoma. Kobe Bryant já disse que irá marcar Westbrook desde o começo do jogo. É uma saída, sem dúvida. A outra seria arriscar em uma formação sem armadores, com Devin Ebanks ou Matt Barnes formando o trio de alas com Kobe ou Ron Artest. Outra possibilidade é dobrar na marcação a Westbrook logo depois do meio da quadra, impedindo que o armador do Thunder tire Gasol/Bynum de dentro do garrafão desde o começo. A outra é forçar uma rotação em que algum ala venha cobrir o armador batido pós-bloqueio, evitando, assim, um combate direto de um pivô a Westbrook. Isso tudo, claro, na teoria, porque sabemos que na prática a teoria é bem diferente.
No ataque, os Lakers poderiam explorar mais as jogadas de corte. Foram apenas nove vezes na segunda-feira, mas com 1,44 pontos em cada uma dessas posses, com quase 80% de aproveitamento. Além desta tática, jogadas de post-up contra Westbrook podem funcionar bem (no jogo 1, 22 jogadas assim, com 50% de aproveitamento e 1 ponto por posse de bola).
O elenco do Lakers tem muitos furos (falta um chutador confiável de fora, mobilidade para o garrafão marcar os picks, defesa de transição correta e um armador com melhor defesa), e essa, de verdade, não é uma culpa de Mike Brown (como bem lembrou o Bolapresa, os times de Phil Jackson já marcavam picks de forma errática, mas compensavam com a presença de Lamar Odom, jogador alto, ágil e com braços longos).
JA Adande, da ESPN, disse: "Neste momento não é que não vejo os Lakers vencendo a série contra o Oklahoma. Neste momento, não vejo é uma maneira de os Lakers vencerem duas do Oklahoma". Eu estou com ele.
E vocês?
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