Com Kevin Garnett novamente em alta, Boston tenta abrir vantagem contra os Sixers
Fábio Balassiano
14/05/2012 11h30
Depois da derrota na temporada passada, KG, que já foi MVP da liga, foi criticado, e houve quem falasse que os tempos do ala-pivô estavam chegando ao fim. Veio o locaute, a temporada reduzida, e o começo não foi muito bom. As médias "tímidas" de 14,1 pontos e 7,7 rebotes eram muito pouco para um cara de seu nível, e o técnico Doc Rivers teve uma sacada: com o camisa 5 desgastado no combate direto, colocou Brandon Bass no time titular para reforçar a defesa, deslocou Garnett para o pivô e o rendimento do craque cresceu.
No ataque, como pivô, suas médias saltaram de cara 16,8 pontos, 8,7 rebotes e 1,2 tocos por partida, e alcançaram a "maturidade" em março, quando KG teve 17,2 pontos, 8,5 rebotes e 54,6% (em janeiro, eram 47%). Apenas como base de comparação: antes do All-Star Game, suas médias eram de 14,4 pontos e 7,9 rebotes. Depois, de 17+8,5 (além de 3,2 assistências.
Na marcação, ele passou a comandar a defesa do Boston mais perto da cesta e voltou a ser o cara que amedronta todo mundo no garrafão. Nas jogadas de pick'n'roll, ele está entre os cinco melhores da liga, levando apenas 0,66 pontos por posse de bola (PPP) do adversário que utiliza este tipo de jogada, e de um modo geral, está em 42º, com 0,74 PPP dos rivais.
Ao site da ESPN, Garnett, 35 anos, 15 na liga, foi sincero e disse: "Não tenho tido tempo pra nada. Não tenho vida, cara. Saio do ginásio, vou pra casa, como e começo a fazer tratamento. Acordo, venho pro ginásio, me trato, vejo vídeos dos adversários, treino e me trato". É a cara de KG, um batalhador, um guerreiro que pode levar o Boston a mais uma decisão de conferência na NBA.
É bom não duvidar nem do camisa 5 e nem dos verdes.
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