Para a seleção feminina, vale a pena olhar para 2008 e 2010 antes das Olimpíadas de 2012
Fábio Balassiano
01/05/2012 16h10
No dia 23 de setembro de 2010, na abertura do Mundial da República Tcheca, Érika (foto) teve 15 pontos, 12 rebotes e quatro assistências, mas o Brasil perdeu para a mesma Coreia do Sul (61-60, com 19 desperdícios e 3/21 de três pontos), se complicou desde a largada e terminou na não menos vexatória nona colocação. Mas o que diabos isso tem a ver com a situação do basquete feminino de hoje? Muita, muita coisa.
Para início de conversa, no grupo de 2008 também estavam, como estarão agora, Austrália e Rússia (dois times que têm obtido ótimas colocações em competições internacionais neste século). Há quatro anos, o Brasil enfrentou, além das russas, duas seleções europeias na primeira fase (Bielorrússia e Letônia) e uma asiática (Coreia). Em Londres, o time de Tarallo medirá forças com a Grã-Bretanha (dona da casa) e outras duas que virão do Pré-Olímpico Mundial.
Olhando a tabela deste ano, o mesmo alerta se faz necessário: vencer o primeiro jogo (ainda sem adversário definido) é fundamental para as pretensões da seleção feminina. A razão é bem simples: depois do jogo inicial em 28 de julho, o Brasil enfrenta a Rússia em 30 de julho e logo depois tem a Austrália (1º de agosto). Ou seja, perder na estreia é ficar a um passo de terminar a terceira rodada encurralado com três derrotas, comprometendo, assim, a classificação (depois a seleção de Tarallo – foto – enfrenta um time do Pré-Olímpico Mundial em 3 de agosto e fecha a fase de classificação no dia 5 contra a Grã-Bretanha, que tem time fraco, técnico bom e apoio da torcida local – não será fácil).
Que as lições de 2008 tenham sido aprendidas ("síndrome da estreia"), que a preparação seja a melhor possível, que a CBB não faça muita coisa errada, que Iziane, Érika e Adrianinha, as mais experientes, orientem e guiem as mais novas, e que o começo seja diferente do de 2008.
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