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Com comissão técnica inexperiente, CBB erra novamente na seleção feminina

Fábio Balassiano

27/03/2012 15h35

Olha, eu de verdade não consigo entender muito bem o que pensa a diretoria da Confederação Brasileira de Basketball. Ontem, dia 26 de março, havia um release em seu site, informando que Luiz Cláudio Tarallo (foto), técnico da seleção feminina, irá acompanhar as finais da Euroliga Feminina. Ao seu lado irão Cristiano Cedra e Macau, que agora fazem parte da comissão técnica da seleção feminina. Aí surgem algumas dúvidas. Vamos lá:

1- Janeth Arcain não fará parte da excursão da comissão técnica? É isso? Qual a razão?

2- Estou ficando maluco, ou o Brasil vai aos Jogos Olímpicos com uma comissão técnica totalmente debutante em competições internacionais adultas? É sério isso?

3- É legal que Tarallo monitore as possíveis adversárias do Brasil em Londres, mas fica a questão: por que diabos ele e sua comissão não foram antes ver como atuaram Damiris, Franciele e Érika na Liga Espanhola que terminou a sua fase regular no fim de semana e Adrianinha na Italiana?

4- Ao contrário do que acontece em todas as seleções de alto nível no mundo, no Brasil a comissão é formada apenas por nomes jovens, crus, sem nenhuma experiência internacional. Na Argentina, Julio Lamas, uma águia, chamou Sergio Henrnandez para ajudá-lo. Nos EUA, Coach K tem Jim Boeheim, Mike D'Antoni e Nate McMillan como assistentes. No time feminino, Geno Auriemma conta com o valioso auxilio de Doug Bruno, Marynell Meadors e da ex-jogadora e agora técnica Jen Gillom, campeã olímpica em 1988 e assistente-técnica do Washington Mystics na WNBA.

5- Sobre este tema, Magic Paula foi muito feliz em seu blog. Lá, ela disse o seguinte: "Dizer que não temos treinadores é um equívoco. Talvez o que tenha faltado é trabalhar também as comissões técnicas em equipe. Cada um destes citados (Barbosa, Laís, Ferreto, Maria Helena, Heleninha, Vendramini, Borracha, Paulo Bassul, Branca, Sergio Maroneze etc.) têm suas qualidades individuais e estes talentos trabalhando juntos seria uma realidade fantástica. Precisamos imitar também os americanos na forma como trabalham suas comissões técnicas, cada um contribuindo com seu melhor". Como sempre, Paula vai direto ao ponto.

6- Será que Hortência acredita mesmo que com um time fraco (pois o time brasileiro é fraco) conseguirá algo com uma comissão técnica tão crua quanto suas atletas em termos de experiência internacional?

7- Por fim, vale, aqui, uma observação interessante: Macau foi a técnica de Iziane nas divisões de base do Osasco, e sua inclusão na comissão técnica talvez possa ser explicada como uma espécie de "me ajuda a cuidar dela" por parte de Tarallo. Macau é excelente na formação de atletas (excelente mesmo!), mas como o próprio site da CBB diz, não tem experiência alguma em times adultos.

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