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Uma ausência mais que sentida - o (quase) fim do Painel do Basquete Feminino

Fábio Balassiano

01/03/2012 15h40

Conheci o Bert há quase seis anos. Na verdade deve ter mais, mas antes ele e eu só estávamos na mesma lista do MSN. Na época ele só era o dono do melhor blog de basquete feminino do país, o Painel do Basquete Feminino. Para mim, ele era um mito que sabia a escalação da seleção desde 1980 e em que clubes jogavam 4896 brasileiras no exterior. Para ele, eu era um blogueiro qualquer (não mudou muito de seis anos para cá, obviamente).

Mas em 2006 teve o Mundial de São Paulo, aquele das goteiras, e começamos a nos falar com mais frequência. Vi um cara educadíssimo, calmo, paciente para me explicar como funcionava o basquete feminino, que hoje amo e acompanho profundamente (mas não tão bem e inteligentemente como ele, claro).

Passamos a nos falar com mais assiduidade, trocamos ideias sobre outros assuntos (política, cinema, música – ele e e eu somos viciados -, relacionamentos – o cara me ouvia como um monge -, restaurantes e muito mais) e o papo sobre basquete ficou quase sempre relegado ao segundo plano. Ganhei, como você deve imaginar, mais do que um blogueiro presente na minha vida. Bert e sua primeira-dama se tornou um amigo querido, um amigo querido que mora longe e a gente (minha esposa e eu) fala disso sempre que fazemos programas bacanas ("poxa, o Bert adoraria estar aqui").

O Rodrigo, do Rebote, decidiu parar com o blog, o Melchiades, da Folha, pôs fim às maravilhosas colunas de terça-feira. Agora é o Bert que acendeu a luz (ou a Lis?) e pediu para descer (embora o blog continue, diga-se). Dos caras que estavam nas trincheiras, lutando por um basquete melhor, restamos poucos, pouquíssimos (e não vou citar nomes para não esquecer de alguém – embora vocês saibam que não passam de cinco ou seis os que fazem isso de maneira independente, crítica e séria). É triste, bem triste, o basquete perder um cara como ele – de verdade.

A minha sorte é que ganhei mais do que um amigo (um irmão mais velho – e calm0 – que eu não tenho) e que poderei importuná-lo a qualquer hora do dia com SMS (que ele não responde às vezes porque esquece), ligações e e-mails imensos.

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