Se há um assunto que sempre chama a atenção deste blogueiro é a situação de Hélio Rubens em Franca. Fragilizado com as derrotas da equipe e com a péssima campanha neste começo de NBB (3-9, a pior da história em nacionais), o nome do veterano treinador é colocado dia após dia como "demitível". A pergunta que fica é: como conjugar o respeito que o clube deve ter pelo passado de Hélio e a triste situação do time no presente? Não é fácil, admito, mas algo precisa ser feito.

De verdade, verdade mesmo, fico chocado quando vejo, ouço e leio torcedor xingando francano falando mal do Hélio Rubens. Tudo bem que é esporte, que a razão não predomina, mas acho que eu não preciso ficar falando sobre o tamanho do cara na história de um dos maiores (o maior?) time de basquete do país, preciso? Isso não segura ninguém no cargo, eu sei, o treinador tem ido muitíssimo mal neste começo de NBB, mas a diretoria deveria ter um pouco de zelo por alguém que ajudou a construir a reputação de Franca. Diretoria esta, aliás, que tenta contratar um bom pivô há no mínimo cinco anos (sem sucesso) e foi incapaz de renovar um elenco que está envelhecido e sem força para reagir em uma competição cujo nível não passa de bom.

A solução mais fácil é demitir Hélio Rubens agora e dar uma "satisfação" ao torcedor, que está insatisfeito (comenta-se, até, que alguns ex-cardeais francanos estão "pavimentando" o terreno para o cargo de técnico). A mais plausível é homenageá-lo absurdamente no Jogo das Estrelas, que deverá em Franca, como ele merece, dar um fecho de ouro em sua carreira e pensar num projeto de longo prazo com um treinador de primeira linha que consiga promover a meninada da base e não tenha os vícios que hoje, infelizmente, Hélio já têm ("vamos jogar de dupla").

Franca merece vencer mais jogos. Hélio Rubens, de mais respeito em sua eventual despedida.