O 'fenômeno' de Araraquara e o paradoxo da Liga Nacional de Basquete
Fábio Balassiano
05/12/2011 15h34
É óbvio que o "fenômeno" de Araraquara não é único (está aí o Vila Velha que não me deixa mentir), mas é emblemático sobre um tema fundamental para o crescimento do NBB: até quando times abaixo da crítica jogarão a competição? Só lembrando: na temporada passada, Araraquara não tinha ginásio para jogar na cidade (o teto caiu e as partidas foram jogadas em Matão), os salários ficaram atrasados e houve inclusive a chance de a equipe não ser mantida para a edição 2011-2012.
E só foi mantida por conta de um apoio de última hora da prefeitura local (na foto, os atletas estão com ele, Marcelo Barbieri). Bem, e aí você já sabe o que acontece, né: time montado na conta do chá, às pressas e sem o menor planejamento (se ainda fosse um time recheado de garotos e com o objetivo de revelar talentos ainda dava pra relevar, mas a gente vê que não é o caso – veja aqui o elenco). Não surpreendem as cinco derrotas, de verdade.
Surpreende que a Liga Nacional de Basquete ainda "libere" a entrada de times assim. Na quinta-feira o Araraquara viaja para a capital federal para enfrentar Brasília, o atual bicampeão da competição. Fica a pergunta: qual o atrativo para um jogo assim?
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