A difícil situação do lendário Hélio Rubens em Franca
Fábio Balassiano
05/12/2011 00h39
Para piorar a situação, li nos jornais de Franca e recebi um email que me deixou assustado: o técnico Hélio Rubens (foto) foi vaiado pela torcida que foi ao Pedrocão na partida contra Brasília. É óbvio que torcedor é um bicho que dificilmente consegue ser racional, mas eu de verdade esperava um pouco mais de consideração com alguém que por mais de três décadas representa tão bem a cidade.
Não sou defensor de Hélio Rubens, sempre fui muito crítico sobre seus sistemas de jogo e sei bem que seus últimos anos têm sido pra lá de contestáveis, mas o processo de fritura que tem acontecido com ele em Franca é lamentável – para o basquete, para o clube e pra ele próprio. Primeiro foi a declaração pouco hábil de Luiz Carlos (aqui), que anunciou, sem o técnico saber, a saída de Hélio no final do NBB4 (depois o treinador negou). Agora este começo de campeonato com um time em construção (chegaram cinco reforços – três norte-americanos – e ninguém esperava que o padrão de jogo ideal viesse desde o começo).
E como drama pouco é bobagem, Franca tem dois jogos difíceis nesta semana. Hoje contra Limeira em casa. Na quinta-feira contra Bauru, longe do lar. Quer mais? Hélio Rubens terá que enfrentar Demétrius e Guerrinha, discípulos que poderão ajudar o antigo mestre a se aproximar da linha final da equipe que por tantos anos defendeu.
O esporte também pode ser muito cruel, não?
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