Pós-locaute, fica a questão: como estará o veterano Derek Fisher para a NBA?
Fábio Balassiano
29/11/2011 11h43
Quem sofre mais? Os veteranos, claro. Quem sofre muito, muito mais? Derek Fisher, armador de 37 anos do Los Angeles Lakers e principal porta-voz dos jogadores nas intermináveis reuniões com David Stern durante o locaute.
Cinco vezes campeão da liga, Fisher está, obviamente, em uma fase de declínio em sua carreira (e nem poderia ser diferente, claro). São duas temporadas caindo em pontos, minutos e assistências, e sem o descanso necessário durante as férias a tendência é que a situação piore. Com mais de 150 dias de locaute, é muito óbvio que o armador não teve de treinar, se preparar e nem tampouco trocar ideias com seu novo treinador (Mike Brown). Se isso não fosse o bastante, nem mesmo contar com o reserva os Lakers podem. Steve Blake, mesmo novo, é pouco confiável e possui um arremesso terrível (quatro pontos de média em 2010-2011).
Quem é torcedor do Los Angeles Lakers sabe que Fisher teve participação fundamental nos cinco títulos mais recentes da franquia, e reclamar com ele chega a ser até cruel (o cara é muito ídolo na cidade). Amigo íntimo de Kobe Bryant, líder da equipe e responsável por chutes decisivos nos playoffs, ele virou um símbolo da retomada angelina no final da última década e no fim desta também. Meu único medo é que tudo isso fique de lado devido a um possível (provável?) desempenho ruim na temporada 2011-2012.
Para piorar, a estreia deve ser no Natal contra Derrick Rose (Chicago Bulls), o atual MVP da NBA e dono de uma velocidade absurda. O corpo já não ajuda. Meu medo é que a mente também.
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