O valor de Iziane e o futuro para a seleção feminina de basquete
Fábio Balassiano
24/10/2011 00h34
Estranhei quando a camisa 8 tocou para Silvia, também sem marcação, definir na primeira vez. Estranhei de novo quando a mesma Iziane repetiu a tática para Palmira capitalizar de fora. Fiquei feliz quando, no terceiro ataque seguido, a ala forçou uma infiltração para novamente passar para Silvia arrematar de longe.
Foi mais ou menos assim o jogo contra a Colômbia ontem (fácil vitória por 86-53). Quando as rivais decidiram não mais dobrar (ou triplicar) em Érika, era tarde. As coadjuvantes estavam confiantes, a marcação não podia mais "pagar para ver" e o espaço pintou. A pivô fechou o jogo com 15 pontos e 13 rebotes, mas quem foi a dona do jogo foi Iziane. Lúcida, ela somou 25 pontos, deu quatro assistências e forçou apenas dois arremessos (um ótimo índice para quem chutou 18 vezes).
E o que isso quer dizer, afinal? Que Iziane sobra na ala da seleção brasileira todo mundo sabia. Que ela faria o time de Ênio Vecchi ficar mais consistente, também. Mas que ela teria o amadurecimento para passar e desempenhar um papel tão altruísta, não. Se ela continuar assim, o Brasil ganha muita força para os confrontos difíceis em Londres, em 2012.
Hoje o Brasil enfrenta Porto Rico (16h) nas semifinais do Pan-Americano, e a única dúvida deste blogueiro é saber em que real patamar está este time para duelos contra as grandes seleções do mundo. A resposta, eu sei, só em 2012. Até lá vale a pena olhar para o desempenho de Iziane. É, sim, um fato para se comemorar.
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