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O que eu espero da seleção feminina a partir de hoje

Fábio Balassiano

24/09/2011 12h20

Fazer comparação com os "anos dourados" do basquete feminino parece cruel demais neste momento. O nível técnico caiu absurdamente (não houve trabalho de base adequado da Confederação e novas ótimas meninas não surgiram com tanta frequência), as três geniais saíram de cena (Paula, Hortência e Janeth), grandes técnicos estão "exilados" (Maria Helena e Paulo Bassul por exemplo) e a modalidade entre as meninas sofre horrores há algum tempo.

Se eu pudesse pedir algo deste Pré-Olímpico, seria que a competição representasse o começo de uma nova era do basquete feminino do país. Com a vaga (que deve vir), espero sinceramente que o trabalho da CBB, Liga Feminina, Federações e clubes ganhe um toque de originalidade e de planejamento para que novas meninas consigam começar e não parar com o basquete devido à falta de estrutura ou condições mínimas de trabalho (de todo modo, parece devaneio pedir isso tudo, já que pelo que li ontem no Lancenet a LBF tem chance até de não ter a sua segunda edição).

Ao contrário do Pré-Olímpico masculino, no feminino não há "duas fases de classificação" (aqui o site oficial). São cinco em cada chave, e as duas melhores se classificam para as semifinais. Lá, em jogo único, decidem a vaga na final, que garante, além do título, a vaga nas Olimpíadas de 2012. O jogo de amanhã contra o Canadá é fundamental para evitar um duelo precoce contra Cuba nas semifinais – enfrentar a Argentina renovadíssima e cheia de problemas internos parece bem menos traumático.

O time brasileiro é exatamente do nível do basquete local, mas possui duas jogadoras excelentes (Érika e Adrianinha – na foto) que poderão fazer a diferença em um torneio que deverá ser bem fraco em termos técnicos.

MEU PALPITE: O Brasil terá dificuldade contra Cuba, a quem venceu três vezes na fase de classificação, e Canadá, mas vencerá o torneio Pré-Olímpico na Colômbia para, consequentemente, garantir a vaga nas Olimpíadas de Londres (caso isso ocorra, será apenas a terceira vez que rapazes e meninas irão juntos aos Jogos – em 1992 e 1996 as outras). De todo modo, para 2012 é bom que se procurem amistosos de nível e uma preparação fortíssima, pois o time, para o nível internacional, que é bem mais alto do que o das Américas, precisa evoluir demais.

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