O crônico problema das alas na seleção feminina que vai ao Pré-Olímpico
Fábio Balassiano
19/09/2011 11h40
Naquele dia, as alas somaram apenas 13 pontos combinados entre Chuca (foto), Palmira, Silvia Gustavo, Jacqueline (ela acabou sendo cortada depois da peleja) e Micaela (foram tentados 41 por elas). Ainda desperdiçaram dez bolas e falharam repetidas vezes nas rotações (Palmira estava sempre atrasada). Pode ser suficiente para a competição da Colômbia, mas está longe de ser bom para a provável Olimpíada de 2012 e para os próximos anos.
Não é que as quatro alas que Ênio Vecchi levará sejam ruins (Chuca é regular, Silvia é lutadora, Micaela é experiente e Palmira pode acertar tudo em um dia de sorte), mas todo mundo sabe que qualquer time que almeja algo em termos internacionais precisa de uma chutadora confiável para ir longe. E antes que os gritos venham, esta pessoa também não é Iziane, que é uma ótima definidora de contra-ataque, mas está longe de ser uma arremessadora potente no meia-quadra.
Sendo otimista, dá para olhar para as alas do Mundial Sub-19 do Chile e imaginar que alguma delas evolua a ponto de ser o tal "chute certo" que a seleção feminina tanto precisa. Tássia (47,2% nos três pontos na competição), Joice, Ramona, Carina e Mariana podem chegar lá, mas acho que é muito cruel cobrar que a partir de 2013 essa função lhes seja delegada em uma seleção adulta. Se está difícil conseguir espaço em clubes para meninas que são mais velhas que elas (Patricia Ribeiro, Leila Zabani e Tatiane Pacheco), que dirá para as que ainda estão na categoria juvenil.
No final da partida, brinquei que faltava uma Hortência ou uma Janeth para aquele time subir um degrau. Hortência riu e não disse nada. Nem precisava.
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