Terminou nesta semana a união de seis anos do técnico Alberto Bial com o time de Joinville (leia mais aqui). Na China para um Congresso de Técnicos, Bial ainda não comentou a sua saída, descrita pelo site oficial do clube como opção do treinador. Vale lembrar que ele ajudou a formatar o projeto na cidade e a desenvolvê-lo muito bem. Zanon, Daniel Wattfy e o assistente-técnico Espiga são os nomes cogitados para assumir o cargo.

É inegável que Alberto Bial não é o técnico dos meus sonhos (acho que todo mundo já sacou isso, né), mas acho impossível não reconhecer a sua importância para a modalidade de um modo geral e para Joinville em particular. Carismático e verborrágico, Bial tem trânsito livre na maior emissora do país e tem muito mais apelo para patrocinadores do que técnicos melhores que ele. No Brasil é assim: nem sempre só o talento é importante para quem vai investir. E em termos táticos ele não fica tão atrás assim da maioria dos treinadores do país (o problema é que seus momentos de psicólogo fazem com que não reparemos em sua bagagem tática).

Tanto é assim que a última linha da nota oficial do site de Joinville fala sobre isso ("a diretoria aguarda confirmação da continuidade do incentivo da bolsa atleta para o o inicio da conversa com os atletas). Ou seja: o futuro da equipe está comprometido para a temporada 2011-2012. Se com Alberto Bial e suas palavras já seria difícil, sem ele será ainda mais. Pode haver um ganho técnico com a saída dele, mas eu sinceramente não sei se a saída dele também significará também a saída dos patrocinadores do clube. Vamos aguardar.