Fã de Maradona, Diana Taurasi esquece doping e revive boa fase
Fábio Balassiano
09/08/2011 00h43
BALA NA CESTA: Com 11-9, o Phoenix não está mal, mas não repete as boas campanhas dos anos anteriores (e mesmo assim venceram dez de 11 partidas em um momento da WNBA). Como está o time, que perdeu duas seguidas e hoje enfrenta o Minnesota em casa?
DIANA TAURASI: Estávamos jogando muito bem, mas demos uma caída mesmo. É normal. Mas o mais importante foi que encontramos ritmo e fluidez no ataque, algo que não estava acontecendo no começo da temporada e nos amistosos da pré-temporada também. Isso, sim, preocupava a gente. Voltaremos a vencer, tenho certeza disso.
BNC: Você está na WNBA desde 2004, e queria que você avaliasse como é o crescimento da liga nos EUA. Muita gente diz que o campeonato não é popular ainda. Procede?
DT: Não dá pra comparar a nossa história com a da NBA. Temos 15 anos. Eles, mais de 50. Seria injusto, mas o que posso te dizer é que temos uma liga forte e que está evoluindo a cada ano. O nível técnico dos jogos melhorou com a chegada de atletas estrangeiras, e por mais que os ginásios não fiquem completamente cheios, é possível perceber que quem vai se diverte e acompanha o basquete feminino.
BNC: Seus números caíram um pouco em relação aos da temporada passada, mas estão parecidos com os de 2009 (20,6 pontos, quatro assistências e 44,4% nos chutes em 2011; e 20,4, 3,5 e 44% em 2009), quando o Phoenix ganhou o título. Isso te preocupa?
DT: Cara, já passei da fase de ficar olhando estatísticas. Te confesso que antes, quando era mais nova, eu saía do jogo e ia ver quanto eu tinha feito. Pegava minha comida e ficava debruçada nos números. Era doentio. Hoje, não. Acho que sei exatamente o que preciso fazer em quadra para ajudar o meu time a vencer – e não o quanto. E acho que essa é a informação mais importante que coloco em minha cabeça: vitória ou derrota.
DT: Sim, eu estarei lá com certeza – caso me queiram, claro. É um dos meus maiores prazeres vestir a camisa dos EUA e representar o meu país com minhas companheiras. É uma grande honra e quero muito estar em Londres. Jogar com o Geno é maravilhoso. Ele me conhece, e nossa relação ultrapassa a esfera esportiva. Conversamos muito até hoje, e é fantástico ainda poder jogar para ele. Poder compartilhar grandes momentos com ele é excepcional.
BNC: Um dos momentos que mais me chamaram a atenção em sua carreira aconteceu em 2008, quando nas Olimpíadas de 2008 você foi se encontrar com o Maradona, como uma grande fã (veja aqui). Como foi aquele momento?
DT: Na verdade eu sou fã de todos os esportes e futebol é o meu favorito. Cresci jogando, e meu pai foi atleta de futebol também. Sobre encontrar com o Diego? Posso te dizer que foi o momento em que fiquei mais nervosa em toda a minha vida para encontrar uma pessoa. As pernas tremiam, a mão suava, as palavras não saíam. Estar ao lado de um dos maiores jogadores de todos os tempos foi sem dúvida uma das coisas mais incríveis que já me aconteceram.
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