Confederação ignora aniversário da medalha de prata em Atlanta
Fábio Balassiano
04/08/2011 11h40
Pode não parecer, mas hoje é um dia especial para o basquete brasileiro. Há exatos 15 anos o time de Miguel Ângelo da Luz entrava em quadra em Atlanta para decidir a medalha de ouro nas Olimpíadas contra as norte-americanas, vencidas dois anos antes nas semifinais do Mundial da Austrália (talvez a maior vitória de uma seleção feminina na história). A derrota veio (111-87), mas a prata ficou na memória de todo mundo como o último feito da dupla Hortência/Paula.
Bem, de quase todo mundo, né. Por incrível que pareça a Confederação Brasileira sequer noticia a data em seu site até agora, e obviamente nenhuma homenagem foi programada (e pensar que um dos ícones daquele time, Hortência, agora é diretora, hein). Tema de post deste blog há quase dois meses (leia aqui), a CBB saiu-se com um singelo "há a intenção de homenagear não só as meninas de 96, mas também outros atletas que fizeram parte de nossa história". E nada foi feito, o que mostra um grave descaso da entidade que deveria tentar preservar a memória do basquete brasileiro. Conversei com uma atleta, e fui obrigado a engolir seco quando ouvi um "você esperava algo diferente, Bala?".
Deste canto ficam os parabéns àquele timaço comandado por Miguel Ângelo da Luz (para quem não se lembra, o técnico foi eleito o melhor do mundo em 1994). A Adriana Santos, Alessandra, Cíntia Tuiú, Cláudia Pastor, Hortência, Janeth, Leila, Branca, Magic Paula, Marta, Roseli e Silvinha um muito obrigado pelas partidas e vitórias memoráveis. E torço, sinceramente, para que algum dia a Confederação tenha consciência de que sem reverenciar o passado não se constrói futuro algum.
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