O espelho é 1994 para a seleção feminina Sub19 nesta noite contra os EUA
Fábio Balassiano
30/07/2011 12h35
No dia 11 de junho de 1994, na madrugada brasileira, o time de Miguel Ângelo da Luz bateria uma das seleções norte-americanas mais fortes da história. Estavam por lá Lisa Leslie (que até hoje se refere como a melhor atuação que um adversário dela teve em seus tempos de EUA), Teresa Edwards, Sheryl Swoopes, Dawn Staley, entre outras. E o Brasil venceu por 110-107, provavelmente na melhor atuação de um time nacional feminino em toda a sua existência. Tinha 11 anos e vi a peleja com meu saudoso avô, e lembro de ser "apresentado" a Hortência (32 pontos), Paula (29) e Janeth (22) numa jornada em que a equipe não abusou das bolas de três (3/7), marcou por zona para conter o jogo de garrafão das rivais (que tentaram de longe, mas erraram 17 de suas 26 tentativas) e teve o excelente aproveitamento de 56,5% nos tiros de quadra.
Não vai ser fácil, claro, mas os EUA são, sim, um time batível. Antes do Mundial a seleção de Tarallo viajou para treinar e enfrentar as norte-americanas na Disney. Perdeu uma, é verdade, mas venceu a outra. É um caminho. É o caminho da retomada de sucesso do basquete feminino brasileiro, que mesmo sem fazer um trabalho bacana na base segue complicando a lógica ao produzir uma geração tão excelente como esta.
Que a genialidade de 1994 representada por Miguel Ângelo da Luz Paula, Hortência, Janeth, Leila, Helen, Cintia, Adriana Santos, Alessandra, Simone, Dalila, Roseli e Ruth inspire a de 2011 em Tarallo, Tássia, Damiris, Ramona, Joice, Izabella Sangalli, Vanessa, Drielle, Aruzha, Thamara, Camila, Vanessa e Mariana.
Sucesso para as meninas nesta noite tão importante para elas e para a modalidade.
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