Brasil atropela Austrália, mas pega lado 'ruim' da chave no Sub19
Fábio Balassiano
28/07/2011 00h02
Agora vamos a uma outra leitura possível. A Austrália sabia que se perdesse por mais de 22 pontos enfrentaria o Japão nas quartas-de-final e o Canadá em uma eventual semifinal. Convenhamos que é muito melhor do que duelar contra a Rússia e EUA em quartas e semifinais. Por isso dá para entender o 45-18 do Brasil no segundo tempo da partida desta quarta-feira. Não é tirar o mérito da equipe de Tarallo (não mesmo!), mas as australianas jogaram com a calculadora na mão – e as brasileiras, não.
Não é questão de certo ou errado (vocês podem julgar), mas acho que está muito claro o que aconteceu nesta noite em Puerto Montt (e a equipe brazuca não teve a menor "culpa", diga-se). O Brasil precisava ganhar para "fugir" dos EUA nas quartas-de-final. Mas não sei se sabia que ganhando de tanto acabaria por fugir, também, do lado menos complicado do mata-mata. Agora a seleção enfrenta a Rússia, o que não é tão ruim assim considerando a campanha das europeias (3-3), mas tem as norte-americanas como prováveis rivais nas semifinais (isso sem falar sobre a enorme tradição russa em competições internacionais, ok?).
Mundial é Mundial e deve-se vencer qualquer adversário para ser campeão, mas a Austrália jogou com uma calculadora nesta noite e o Brasil parece não ter visto isso (Tássia jogou 37 minutos, Damiris 38 e Carina outros 37). Tomara que no mata-mata corra tudo bem para o time brasileiro. As meninas merecem.
Sobre o blog
Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.