Muito Prazer, Tássia Carcavalli
Fábio Balassiano
18/07/2011 00h10
Por isso, de hoje até quinta-feira, data da estreia contra a Espanha, o Bala na Cesta publica entrevistas com Isabela Ramona (a única que não joga em São Paulo), Damiris (uma das maiores revelações do basquete nacional) e Luiz Claudio Tarallo (o técnico). Para abrir os trabalhos, Tássia Carcavalli, armadora do time, uma das maiores promessas de sua geração e também convocada por Ênio Vecchi para a seleção adulta.
Determinada, talentosíssima e recuperada de uma lesão no joelho (ocorrida em 2009), Tássia, jogadora de Americana e presente em todas as seleções brasileiras de base, inaugura, aqui no blog, a seção "Muito Prazer", dedicada às revelações do basquete brasileiro. Confira o papo com ela, chamada de "jóia" por Ênio Vecchi.
BALA NA CESTA: Como foi a preparação da equipe para o Mundial do Chile? O fato de vocês estarem treinando e fazendo amistosos há cerca de quatro meses pode se tornar um diferencial da equipe na competição, concorda?
TÁSSIA: Foi uma boa preparação, intensa, em que conseguimos desenvolver nosso trabalho focadas no Mundial. O fato de estarmos treinando há cinco meses é um diferencial. Nossa comissão técnica é muito boa, e de fato é isso é importante para todas as jogadoras. Por isso queremos que todo esse trabalho feito até aqui valha a pena em quadra.
— Tenho sempre que melhorar e vivo em busca dessa melhoria. O atleta tem que viver buscando o melhor movimento, o melhor golpe, e por aí vai. Vou e vivo trabalhando para o meu aproveitamento ser o melhor possível. Através dos conselhos da comissão técnica pensando a longo prazo isso é possível.
— Recentemente a Hortência disse que olha para as novas gerações procurando uma nova armadora – posição mais carente da seleção adulta no momento com a aposentadoria da Claudinha e Helen. Você é uma ala-armadora, mas já jogou de armadora algumas vezes. Pensa em "migrar" para a posição 1, ou isso não passa pela sua cabeça?
— Atuo nas duas posições sem nenhum problema, pois me adapto bem a elas. O que a comissão técnica escolher eu vou fazer, tanto de 1 ou de 2. Como toda atleta, sonho com a seleção brasileira adulta também. Mas no momento estou completamente focada nesse Mundial. Quero poder fazer o melhor possível pela seleção e pelo grupo. Só depois vou pensar na adulta.
— São dois projetos muito bons, o de Americana e da seleção. A transição juvenil/adulto é mesmo difícil, você tem razão. O que tenho buscado fazer é treinar forte, agarrando as oportunidades e chances que aparecem. Estou muito feliz com todo o progresso e agradeço muito a todos os envolvidos.
— Vocês participaram de uma série de amistosos na Europa e uma clínica nos EUA também. Pode nos contar como foram estas experiências, e no que elas ajudaram ao grupo a crescer técnica e taticamente?
— Tivemos a oportunidade de jogar com escolas de basquete de diversos continentes e poder aprender isso na prática, dentro de quadra, é excelente. Nós todas sentimos a melhora na qualidade no time. Todos os amistosos na Europa e nos EUA foram muito importantes para a nossa preparação, pois evoluímos muito taticamente, conhecemos alguns de nossos adversários e ganhamos ritmo de jogo. Vamos juntar toda essa experiência e por em prática no Mundial.
Fotos: Gáspar Nobrega (Inova Foto)
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