Questão de confiança
Fábio Balassiano
13/07/2011 00h30
Agora, o mais importante nisso tudo para mim é a confiança (ou a falta dela) que a Confederação Brasileira possui – seja ela com torcedores, jogadores ou imprensa especializada. A verdade é que ninguém acredita em quase nada do que vem da entidade, e isso é absolutamente terrível para a modalidade. São 15 anos de desmandos e atrocidades do comando máximo da instituição – e o pior é que não há limite para que "micos" continuem acontecendo. E quando credibilidade e transparência não caminham juntos o resultado costuma ser trágico.
Mas isso não é tudo. Pior do que a realidade é a percepção de que o produto basquete brasileiro é sempre mal administrado, gerenciado e que sempre por trás de alguma ação há alguma coisa errada. E aí entra muito da área de comunicação/marketing da entidade, que deveria prezar pela imagem da companhia e tentar mudar a imagem que a "comunidade" do basquete faz da CBB (e há inúmeros cases de sucesso de empresas que conseguiram se reposicionar após situações delicadíssimas).
Duvido, sinceramente, que o departamento liderado por José Carlos Brunoro tenha feito algum tracking de marca nos últimos anos para saber em que estágio anda o pensamento sobre quem consome/consumia basquete no país (que está ruim todo mundo sabe, mas a questão é saber quão ruim está e o que fazer para mudar isso). E se a área de comunicação/marketing não cuida da imagem ou do posicionamento da empresa, ninguém mais cuidará.
Mudar a cara do basquete passa muito pela confiança que os consumidores têm pela entidade que administra a modalidade no país. Confiança que hoje a Confederação Brasileira de Basquete não tem de ninguém.
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