Por um novo caminho
Fábio Balassiano
11/07/2011 00h07
Tudo bem que as dimensões do país são continentais, que os custos seriam enormes, mas algo precisa ser feito (e vamos combinar que grana não é exatamente o problema de uma entidade que conta com mais de R$ 20 milhões em seu orçamento, né). Na Argentina, mesmo com a crise econômica que existe por lá há mais de dez anos, clubes de toda a nação jogam entre si durante o ano todo. Se aqui não for possível, ao menos que duelos regionais aconteçam durante sete, oito meses, para que ao final os melhores se encontrem em uma grande final nacional. Caberia à Confederação a organização, o monitoramento, a divulgação, as clínicas nos locais e o custeio de um torneio com formato grande, abrangente e que duraria todo a temporada.
É difícil? Sim, é, mas acho mais do que necessário. Conforme mostrei aqui ontem, o Brasil se meteu em um buraco complicado de sair. Se ainda quiser figurar entre os grandes da modalidade, é bom que os envolvidos (principalmente a Confederação Brasileira) comecem a trabalhar – e rápido. Fazer com que os jovens atuem por mais vezes, estimulando a criação de novos núcleos/pólos/centros, parece-me básico, sinceramente (sem falar que com isso mais atletas se interessariam pelo esporte). Monitorá-los durante toda a temporada em uma competição interclubes, e não em espasmos de uma semana, como acontece hoje nos brasileiros de seleções estaduais, seria um baita começo.
Um começo que o basquete brasileiro clama há quinze anos.
Sobre o blog
Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.