Até quando?
Fábio Balassiano
01/07/2011 11h35
A alegação dos "patrões" é bem simples (e até pertinente): 22 das 30 franquias da NBA perderam dinheiro nesta temporada (ou seja: não foram rentáveis). O fato, que vem se repetindo desde o começo da crise econômica nos EUA de 2008, teve seu ápice neste ano, com uma perda coletiva que beirou os US$ 300 milhões somados. Muita coisa, não? Apesar disso, ontem foi divulgada uma reportagem mostrando uma, digamos, suposta maquiagem nos orçamentos das equipes (leia aqui)
Não estou aqui tomando partido de ninguém, mas me parece muito claro que um país que ainda se reconstrói após uma tragédia financeira, como foi por lá, tem as suas receitas reduzidas em todas as camadas da sociedade (e a gente sabe que os EUA ainda se recuperam do baque). É assim no entretenimento norte-americano, e é com isso que as franquias têm tentado sensibilizar os atletas (ora bolas, elas, as franquias, estão dando prejuízo – uma delas, a de New Orleans, passou, de maneira inédita, a ser administrada pela própria NBA, que temia o pior, ou seja, a sua falência caso a administração continuasse do jeito que estava). Os patrões acenaram com uma folha salarial 30% menor, mas os atletas nem quiseram ouvir.
No momento, a dúvida que fica é: quando dirigentes e jogadores chegarão a um denominador comum? É sempre bom lembrar: em 1998, a pendenga se arrastou, se arrastou, e a temporada regular daquele ano teve apenas 50 jogos. O que será que acontecerá com o campeonato de 2011-2012?
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