No dia 3 de setembro de 2002, Rafael Araújo marcou seus primeiros pontos pela seleção brasileira adulta em competições oficiais. Faz tanto tempo que o rival naquele Mundial de Indianápolis nem existe mais (a Iugoslávia), Baby virou Bábby e Hélio Rubens nunca mais voltou a ser técnico da seleção brasileira depois daquele torneio. Quase dez anos depois, pivô e técnico se reencontram – Bábby é o principal reforço do time de Hélio Rubens, o Franca, para a disputa do NBB4.

E vai ser ótimo para os dois. Para Hélio, que não teve nas finais contra Brasília um pivô pesado, de força, daqueles que limpam o garrafão sem medo, e para Bábby, que tenta recuperar seu melhor basquete – esquecido há quase dois anos (ou mais). Em Franca o pivô terá uma tranquilidade para trabalhar que não encontrou em sua segunda passagem pelo Flamengo (além dos atrasos constantes de salário em sua primeira passagem pela Gávea, houve problemas de relacionamento bem graves não só entre ele e outros atletas, mas também com próprios familiares na segunda vez). A saída, portanto, era inevitável e, de novo, fará bem ao rapaz.

Resta saber até que nível de competitividade Hélio Rubens conseguirá colocar Bábby no NBB4. Se mantiver o foco, não duvido que jogue seu melhor basquete desde que chegou ao Brasil (no Flamengo no NBB1, ele foi vital para a conquista dos rubro-negros). Se mantiver a rotina de lesões-confusões, será mais um fiasco. Que o reencontro seja feliz para as duas partes.