Quase ninguém notou, mas começou na semana passada a 15ª temporada da WNBA (e todos os jogos podem ser assistidos, de graça, no site da liga). Para o Brasil, vale muito a pena ficar de olho em Iziane (foto) e Érika, que jogam juntas no Atlanta Dream, finalista do campeonato passado mas que nesse ano começa derrapando (duas derrotas consecutivas, muito em virtude da ausência de Angel McCoughtry, estrela do time que, recuperando-se de lesão, jogou apenas três minutos na quinta-feira).

As duas, no entanto, começaram a competição muito bem. Iziane vem 17,5 pontos e bons 40% nos arremessos. Érika, com sua força física impressionante, com 12,5 pontos e 8,5 rebotes. O único problema é que quanto melhor elas forem, pior para a seleção brasileira. Se avançarem aos playoffs da WNBA, as duas não jogarão no Pré-Olímpico em Neiva, na Colômbia. Caso sejam eliminadas precocemente (eu não creio nisso), haveria uma chance.

O Pré-Olímpico começa em 24 de setembro, e a temporada regular da WNBA termina em 11/9. Quanto mais o Atlanta Dream avançar, mais espremido fica o calendário entre o final do campeonato nos EUA e o começo da competição na Colômbia. Repetir o que aconteceu no Mundial de 2010, quando Érika e Iziane desembarcaram do avião vindas das finais da liga diretamente para a competição na República Tcheca, seria repetir um erro colossal, e cujos resultados não foram bons – nem pra elas e nem pra seleção. Não custa ficar de olho.