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Bala na Cesta

Harden? LeBron? Giannis? Não! Quem é o esloveno que domina as estatísticas no começo de NBA

Fábio Balassiano

21/11/2019 00h01

Instagram Mavs

E se eu disser a você que na temporada 2019/2020 da NBA só tem um jogador presente no Top-10 de pontos, assistências e rebotes? James Harden? LeBron James? Giannis Antetokounmpo? Não. Aos 20 anos, é Luka Doncic o autor da façanha.

Armador do Dallas Mavs que ontem trucidou o Golden State Warriors por 142-94 para chegar a nona vitória 14 partidas, o esloveno teve, em apenas 26 minutos de atuação, 35 pontos (22 no primeiro período, a melhor marca da atual temporada em um espaço de 12 minutos), 10 rebotes e 11 assistências nesta quarta-feira para se manter entre os melhores do campeonato com as médias de 29,5 pontos, 10,7 rebotes e 9,3 rebotes e chegar ao sétimo triplo-duplo (os demais atletas, somados, têm… 11!).

É difícil dizer que tem alguém jogando mais que Harden, LeBron ou Giannis neste começo de temporada de NBA, mas o que tem feito o jovem Doncic em um elenco paupérrimo como este Mavs é de impressionar e muito. Cestinha do time em 12 dos 14 jogos disputados pela equipe, ele conseguiu crescer as suas médias em quase 40% de todos os quesitos melhorando, ainda, o seu percentual de arremesso (saltou de 42 para 47%). Não custa repetir: ele está em seu segundo ano na liga e tem 20 anos, ou seja, o potencial de crescimento ainda é absurdo.

Misturando um estilo que une técnica, potencial físico (ele é "largo", o que dificulta para a marcação fechar seus espaços), controle corporal perfeito para discernir o momento de acelerar uma ação ou não, refino e criatividade, Doncic tem "quebrado" todos os prognósticos que fizeram dele. Mesmo desembarcando nos Estados Unidos como MVP e campeão da Euroliga aos 18 anos, muita gente na terra da NBA duvidava que aquele armador que diziam ser um pouco lento conseguiria dominar o jogo. Engano cruel.

Se não é dos armadores mais rápidos em uma NBA cada vez mais física, Doncic tem domínio total dos fundamentos, do corpo e finta como ninguém. Não são poucas as suas jogadas em que ele coloca o corpo de um lado, a bola pro outro, confunde o adversário, ginga e sai rápido pro arremesso. Marcá-lo, como disse recentemente Dejounte Murray, armador do San Antonio Spurs, "é uma tarefa quase impossível porque não se sabe se o indicado é deixar espaço pro chute para impedir infiltrações ou o contrário". A única certeza, apesar do ainda em desenvolvimento percentual nas bolas de três pontos (31%), é que Luka está aniquilando quem vem pela frente e fazendo parecer ser tudo muito simples.

Batendo recordes atrás de recordes (triplo-duplo de 40 pontos, no Top-10 de pontos, triplo-duplo de 30 pontos em 25 minutos, rebotes e assistências, quase 30 pontos de média aos 20 anos de idade etc.), Doncic está sendo considerado para o prêmio de MVP, jogador mais valioso, da temporada, o que seria um feito absurdo para alguém tão jovem.

Há muita coisa pra acontecer, e a gente sabe que essa campanha do Mavs, que só conta com Kristaps Porzingis de jogador de alto nível para auxiliá-lo, pode ter uma queda em um Oeste bem feroz. De todo modo, o que parecia impossível aconteceu: a franquia texana encontrou um unicórnio para chamar de seu pelos próximos cinco, dez anos.

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Menos de seis meses após a aposentadoria de Dirk Nowitzki está Luka Doncic para continuar guiando os Mavs rumo a um playoff que não vem desde 2016.

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