Está cedo, mas entenda como o MVP da NBA está ainda melhor nesta temporada
"Ele jogou o quarto período inteiro e foi incrivelmente fabuloso. Não há mais palavras para descrevê-lo", Mike Budenholzer, técnico do Milwaukee Bucks.
"Ele é uma fera. Realmente uma fera. Não tivemos como pará-lo", Doc Rivers, técnico do Los Angeles Clippers.
Estas foram duas das declarações dadas depois da partida que o Bucks venceu o Clippers (sem Kawhi Leonard, é verdade) na noite de quarta-feira em Los Angeles por 129-124 com Giannis Antetokounmpo, o atual MVP da temporada da NBA, anotando 13 de seus 38 pontos no quarto e decisivo período para dar ao Milwaukee a quarta vitória consecutiva e a sexta em oito partidas.
Pode parecer incrível que um cara que tenha conquistado o troféu de jogador mais valioso do último campeonato esteja ainda melhor no começo deste, mas é exatamente o que está acontecendo. Com as médias de 29 pontos, 14,3 rebotes e 7,6 assistências, o grego se tornou o primeiro atleta da história da NBA a alcançar 200 pontos, 100 rebotes e 50 assistências em seus primeiros oito jogos da temporada, algo bem surreal. Ninguém havia chegado nem perto disso até quarta-feira.
Está cedo, são apenas oito jogos, 10% da fase regular, sabemos disso, mas seu começo é bem incrível e merece ser analisado. Jogando a mesma quantidade de minutos (32 por partida), Giannis conseguiu crescer 10% em praticamente todos os fundamentos em relação a temporada passada melhorando em algo que parecia improvável – seu percentual de conversão de arremessos.
Os 58% de 2018/2019 chegam a quase 60% neste começo de 2019/2020 e mostram que Antetokounmpo não tem se incomodado muito com o fato de ter que levar este ainda errático Bucks praticamente nas costas em alguns momentos e tampouco com as marcações cada vez mais físicas que tentam lhe parar (em alguns casos, marcações duplas ou triplas, aliás). Um bom medidor disso é que quando está em quadra, a cada 100 posses de bola, o saldo positivo do time é de 14 pontos positivos. Quando está fora, queda de 30% nisso. Sua preparação no último verão americano pode ajudar a entender como o MVP está ainda mais letal neste começo de certame.
Ao contrário das principais estrelas americanas, Giannis preferiu jogar a Copa do Mundo na China. É verdade que a Grécia foi muito mal, perdendo logo na primeira fase e sendo eliminada de maneira precoce, mas logo após a eliminação para o Raptors no playoff passado o camisa 34 do Bucks tirou 15 dias de descanso e emendou duas pré-temporadas praticamente seguidas – a com sua equipe nacional visando o torneio na China e a com o Milwaukee para a temporada 2019/2020 da NBA após o tombo em solo asiático. Diferente do que muita gente poderia prever, o físico do rapaz de 24 anos não dá o menor sinal de que esteja dando pane.
Há, no entanto, ainda alguns senões em seu jogo, claro. Seu repertório tende a ficar limitado quando ele usa 10 de seus 17 arremessos por partida praticamente em infiltrações ou em arrancadas rumo a cesta – o restante ele divide em bolas longas, de três pontos, ou em tiros de média distância nos quais seu aproveitamento é menor que o 35%, baixíssimo. Nos lances-livres, outro problema: os regulares 72% caíram abruptamente para 63%. Contra o Clippers, para azar dos angelinos, nada disso deu certo. O grego teve 14/18 nos lances-livres e surpreendentes 4/7 nas bolas de fora, algo improvável para seu arsenal ofensivo.
O saldo de Giannis, no final das contas, é extremamente positivo. Guiando um dos melhores times da NBA nesta temporada, Antetokounmpo, cujos olhos e marcações cresceram absurdamente de um ano pra cá em cima dele, tem conseguido ser ainda melhor em relação ao último campeonato.
Se ainda não é um jogador completo, parece improvável que alguém na liga, com exceção de Kawhi Leonard, seu principal defensor na final do Leste passada vencida pelo Toronto Raptors, consiga pará-lo.
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