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Bala na Cesta

Os méritos do Sampaio Corrêa, bicampeão da LBF

Fábio Balassiano

23/08/2019 13h14

Crédito: Matheus Marques

Terminou ontem a edição 2019 da LBF. E com um bicampeonato. Jogando em casa diante de um ginásio lotado (mais de 2.500 pessoas no Costa Rodrigues), o Sampaio Corrêa conquistou o seu segundo campeonato (o outro foi em 2016) ao vencer o Campinas por 76-70 e fechar a final em inapeláveis 3-0.

Antes de seguir pra falar do campeão, vale deixar um registro sobre Campinas e seu técnico. As meninas do interior de São Paulo jogaram desfalcadas, perderam Meli Gretter, sua armadora, antes do jogo 3 e na partida de ontem ainda viu a cubana Ariadna, uma das líderes da equipe, sair lesionada no tornozelo. Sem elas duas, e mais a ala Jeanne (pneumonia), foi difícil brigar, mas o clube que venceu em 2018 mostrou grandeza ao aplaudir a torcida do Sampaio no momento da entrega das medalhas. O técnico Antonio Carlos Vendramini, um dos mais vitoriosos do circuito feminino em sua história, se aposenta agora. Eu particularmente o acompanho desde o Fluminense de 1998 e o cara foi vencedor, educado, sincero e aglutinador. Merece todas as homenagens e agradecimentos por tudo o que fez e representa para a modalidade.

Sobre o Sampaio, o time, pros padrões nacionais, é uma verdadeira máquina. Tem quatro atletas da seleção brasileira (Tainá, Clarissa, Taty e Rapha Monteiro – a primeira MVP das finais; a última, MVP do campeonato), três estrangeiras muito boas (as americanas Tyler Scaife e Briahanna Jackson, além da argentina Mayra Agustina Leiva) e um técnico muito bom em Cristian Santander, eleito aliás o melhor da temporada com inteira justiça. Mais legal do que a conquista é ver como o povo de São Luís (Maranhão) está engajado com a modalidade e pronto pra apoiar a sua equipe do começo ao fim.

O investimento foi pesado, de atletas a comissão técnica, passando por uma estrutura elogiada por todos, e o fato de haver um crescimento da modalidade em um local tão rico e com espaço para o surgimento de novos talentos (o Maranhão em particular e o Nordeste de maneira mais ampla) faz com que o bicampeonato seja ainda mais doce e saboroso.

Parabéns ao Sampaio Corrêa!

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