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Bala na Cesta

Michael Beasley é contratado, e Lakers forma time mais "maluco" da NBA

Fábio Balassiano

21/07/2018 05h00

Nem tudo é festa no Los Angeles Lakers. Depois de contratar LeBron James, o agente-livre mais cortejado do mercado e o melhor jogador do planeta há alguns anos, a diretoria angelina tinha a missão de cercar o King com boas e valiosas peças. E aí a porca torceu bem o rabo.

No mesmo fim de semana que LeBron foi anunciado vieram o armador Rajon Rondo, o ala Lance Stephenson e o pivô JaVale McGee, três fios desencapados e que arrumaram problema com técnicos, jogadores e dirigentes em absolutamente todos os times que passaram (McGee talvez seja a exceção no termo "confusão", porque o problema dele sempre foi ser lunático mesmo…).

Isso seria, digamos, o suficiente para um caldeirão que conta, também, com LaVar Ball, papai falastrão do errático armador Lonzo Ball. Mas Magic Johnson, o manda-chuva do Lakers, foi além nesta sexta-feira. Magic contratou ninguém menos que Michael Beasley, segundo no Draft de 2008 e um dos maiores malucos da história da NBA. Coitado do técnico Luke Walton.

Seu, digamos, currículo conta até com boas temporadas recentes em Knicks (2017/2018 com médias de 13,2 pontos e 5,6 rebotes) e Rockets (12,8 pontos em 2015/2016), mas logo que chegou a NBA em 2008 foi pego no quarto de um hotel fumando maconha (o alarme foi disparado e seu quarto invadido por bombeiros e policiais, uma beleza…). No ano seguinte, entrou em um centro de reabilitação devido ao seu vício em drogas. Em 2011, foi preso por dirigir acima do limite de velocidade (ele estava alcoolizado…). Em 2014, uma acusação de assédio sexual envolveu seu nome. Na China, onde jogou recentemente, mais problemas com drogas. E por aí vai…

Por mais que ninguém possa duvidar de Magic Johnson, que conseguiu LeBron não só pra essa temporada mas com um contrato de quatro anos (a pressa, portanto, não é tão grande assim), quem chegou anima bem pouco. Quem sabe em 2019 o Los Angeles Lakers tenha um time menos maluco, mais racional e preparado para, quem sabe, ganhar um título da NBA.

No momento isso não é impossível, porque quem tem LeBron sempre tem chance, mas é absolutamente impensável. Atualmente, na real da real, a franquia Lakers tem algumas das peças mais doidas da NBA treinando juntas todos os dias.

Se não deve rolar o troféu Larry O'Brien, minimamente divertida será a temporada 2018/2019 da franquia.

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