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Bala na Cesta

Não dá pra não amar as loucuras de março da NCAA, por Anderson Borges

Fábio Balassiano

17/03/2018 13h45

* Por Anderson Borges

A bola já está quicando para os playoffs do basquete universitário americano. Falando assim ninguém entende, né? Mas se falarmos em March Madness todo mundo sabe do que se trata. As famosas loucuras de março chegam a edição de número 80 no torneio da Divisão 1 da NCAA dos EUA em 2018 cheia de atrações.

Para muitos, é uma das maiores competições esportivas da América do Norte. Durante pouco mais de duas semanas, 68 times formados por estudantes universitários brigam pelo título de campeão nacional masculino e também no feminino da primeira divisão da NCAA. O campeão masculino será conhecido no dia 2 de abril em San Antonio, Texas. No dia seguinte, o das mulheres.

O torneio é disputado no sistema de eliminatórias simples e inclui os campeões das 32 divisões, os quais se classificam automaticamente, mais 36 times no esquema de Wild Cards (times com as melhores companhas, mas que não foram campeões de suas divisões). Os times são divididos em 4 chaves de acordo com sua região de origem e ao final de 4 rounds são conhecidos os 4 finalistas. Aí se forma o famoso Final Four. Na semifinal, do dia 31 de março, os campeões divisionais se enfrentam por vaga na final da segunda-feira, 2 de abril.

E os números do March Madness são impressionantes. Serão quase 70 partidas em 20 dias, com um público total esperado na casa de 800.000 pessoas. Mais de 1.000 jogadores amadores estarão nas quadras, e todos eles com o mesmo sonho – chegar na NBA. Sem dúvida é uma grande oportunidade de acompanhar de perto os grandes talentos e possíveis futuros astros do basquete como Marvin Bagley III (Duke), Deandre Ayton (Arizona), Michael Porter Jr. (Missouri), Mohamed Bamba (Texas), entre muitos outros na vasta lista de possíveis NBA Rookies (novatos) já em 2018.

Nomes como Earvin "Magic" Johnson (1979), Isiah Thomas (1981), James Worthy (1982), Patrick Ewing (1984), Carmelo Anthony (2003), Kemba Walker (2011) e Anthony Davis (2012) não só levantaram o caneco como foram eleitos MOP (Most Outstanding Player – melhor jogador do torneio) da competição nos anos em que participaram. Já Wilt Chamberlain foi o MOP em 1957, mas não foi campeão e Michael Jordan foi campeão em 1982 junto com James Worthy mas perdeu o MOP para o seu companheiro de time.

E para os que pensam que por ser uma competição amadora não deve ser bem organizada, estão muito enganados. A organização é de dar inveja a muitos torneios esportivos profissionais por aí. Basicamente todos os recursos extra quadra presentes na NBA estão disponíveis durante a competição, inclusive o Replay Center. Os direitos de transmissão na TV são da TBS e CBS nos EUA. As duas mantêm uma parceria com a ESPN para transmissão internacional. Para se ter uma noção de como a coisa é séria, TBS e CBS desembolsaram nada menos do que 8,8 bilhões de dólares em 2016 para seguirem com os direitos de transmissão até 2032 (550 milhões anuais). Nada mal para uma competição amadora.

Os maiores vencedores da competição são UCLA (11 títulos), Kentucky (8 títulos), North Carolina (6 títulos) e Duke (5 títulos). Para esse ano, os especialistas apontam Duke como possível campeão em uma possível final com Virginia. Segundo os mesmos especialistas, Villanova e Gonzaga correm por fora e completariam o Final Four. Façam suas apostas!

Prato cheio e diversão garantida para os amantes do basquete!

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