Promessa de campanha, Brasileiros de Base ressurgem com nova gestão da CBB
Notícia bem boa pra fechar o ano no basquete brasileiro. Promessa de campanha de Guy Peixoto, presidente eleito em março para quatro aos de mandato na CBB, os campeonatos de base saíram rápido do papel e fecham 2017 com números bem legais.
Precisamente 1.332 jovens participaram dos torneios de base da CBB entre categorias Sub-12 e Sub-21. De outubro a dezembro a entidade máxima, em parceria com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), realizou 10 etapas da Copa Brasil com 112 clubes, realizou 303 jogos, envolveu 331 técnicos e colocou 172 árbitros para comandar os jogos. As competições, masculinas e femininas, aconteceram em Minas Gerais, Curitiba e Rio de Janeiro e tiveram a participação de times do Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Pará, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Minas Gerais.
"O melhor de tudo é que não vamos parar por aqui. A Copa Brasil vai acontecer nos mesmos moldes, com ainda mais participantes, nos próximos três anos, completando o ciclo olímpico. E, se tivemos agora 91 clubes no masculino e 33 no feminino, a projeção para 2018 é que esse número salte para 106 na disputa entre os meninos e 36 entre as meninas. A renovação é tão importante quanto o alto nível e o trabalho na base tem que ser ininterrupto", disse Guy Peixoto, presidente da CBB, ao site da entidade.
Quem me conhece sabe que fui (e continuarei sendo) o maior crítico em relação à falência das divisões de base durante a gestão Carlos Nunes. É só procurar aqui do lado sobre "brasileiros de base" que vocês verão o tanto de conteúdo que foi escrito de 2009 a 2016 a respeito do tema, totalmente negligenciado pelo ex-presidente da CBB e compactuado por Federações, clubes e atletas, que se calaram fortemente quando deveriam minimamente questionar os motivos e também a leseira de Nunes e sua equipe.
Como sabemos, foi um fiasco do começo ao fim o mandato de Nunes, mas o esfacelamento das categorias inferiores é, digamos, a cereja de um bolo solado, sem sabor e estragado. Por isso é bem legal ver que Guy e seu time estão, apesar de todas as dificuldades causadas pelo cenário de terra arrasada deixado pela antiga gestão, tentando corrigir isso rapidamente. Mesmo com imperfeições (torneios muitos curtos e ainda centralizados em poucas unidades federativas, por exemplo), é um começo animador em relação a torneios de divisões de base.
Sem base não há futuro. Sem cuidado com o presente, o basquete brasileiro está fadado ao fracasso no médio e longo prazos – é meio óbvio isso, mas não custa ressaltar. Que ótimo que a nova gestão da Confederação entende isso e já está tratando de atacar o problema com ações concretas, corretas, emergenciais e nos dois lados (masculino e feminino). É assim que se faz e espero que em 2018 os números de participantes, entre clubes, técnicos e atletas, cresçam ainda mais.
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