Com o decepcionante começo, o desespero de Anthony Davis no Pelicans
Estamos chegando ao décimo-quinto dia da temporada 2016/2017 da NBA e o Pelicans que enfrenta o Bucks hoje às 23h fora de casa ainda busca a primeira vitória. Apenas o New Orleans e o Philadelphia 76ers estão nessa seca em toda liga.
Mais do que para o time, para um atleta do Pelicans é um desespero esta situação: para o craque Anthony Davis, que tem as incríveis médias de 30,9 pontos e 11,4 rebotes por jogo, sendo 5 partidas com 30+ pontos neste início da liga, algo incrível e que mostra quão fantástico é este atleta.
É duro demais dizer isso, pode ser que seja até exagerado, mas o problema, e isso eu já tinha falado antes da temporada, é que Anthony joga absolutamente sozinho no New Orleans Pelicans. E a foto ao lado, em um jogo contra o Golden State, mostra isso bem, com o camisa 23 cercado por quatro atletas do Warriors. Por mais craque que seja, e é isso, ninguém consegue muita coisa jogando em um quinteto titular formado por Tim Frazier, E'Twaun Moore, Solomin Hill e Omer Asik. Beira o bizarro que Dell Demps, o gerente-geral da franquia, não tenha conseguido dar a Davis um mínimo de talento para que ele "dialogue" em alto nível na quadra.
Outra grande decepção chama-se Alvin Gentry. Contratado junto ao Golden State, onde era assistente, para o lugar do ótimo Monty Williams, Gentry não conseguiu, em dois anos de trabalho, dar um mínimo padrão de jogo para a equipe no ataque. Na defesa, um fiasco de proporções tsunâmicas com 107,9 pontos sofridos por partida. Sei bem que sem limão não se faz limonada, mas este é basicamente o mesmo elenco que Monty tinha em mãos – e o elenco que jogava playoff. É bem verdade que Jrue Holiday e Tyreke Evans, lesionados, dariam uma subida de qualidade no elenco, mas não dá pra esperar tanta coisa assim de dois caras que vira e mexe encontram-se mais no departamento médico do que em quadra.
Para piorar as coisas, o clima em Nova Orleans ficou bem pesado quando a franquia decidiu dispensar nesta semana o ala Lance Stephenson, que precisou operar a virilha, para a chegada do ala Archie Goodwin (ex-Suns). Muitas críticas ao redor da liga foram feitas porque este não é um procedimento padrão (demitir atletas machucados), mas com ou sem Lance o problema maior do Pelicans não se resolve – dar um elenco de qualidade a Anthony Davis.
Para azar do monocelha, seu contrato com a franquia vai até 2020. É difícil, com o panorama que a equipe apresenta até o momento, acreditar que o Pelicans se tornará um time de respeito até lá. Não deve estar sendo fácil para Anthony Davis refletir sobre o que está se passando no New Orleans.
Fica a dúvida: para o ala-pivô pedir uma troca nos próximos meses é prematuro para alguém de 23 anos ou vale antecipar uma decisão que mais dia, menos dia, deverá ser tomada, tendo em vista o perfil administrativo pouco competente de Dell Demps?
Sinceramente não sei o que faria, mas seria totalmente aceitável caso Davis optasse por sair de Nova Orleans, indo jogar em um mercado maior e com um elenco que pudesse apoiá-lo na tentativa de alçar voos mais altos.
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