No playoff da WNBA, o último passo das carreiras de Penny Taylor e Tamika Catchings
A morna fase regular da temporada 2016 da WNBA chega ao seu final hoje com todos os oito times classificados (o regulamento mudou e você pode ver aqui como será).
Mais do que ver como serão os confrontos do playoff, a liga norte-americana e o basquete mundial se preparam para o adeus de dois mitos do esporte ao final do certame. Craques de bola, Tamika Catchings, do Indiana Fever, e a australiana Penny Taylor, do Phoenix Mercury, sairão de cena tão logo seus times terminem as suas participações no campeonato. As duas têm recebido justíssimas homenagens de suas franquias, da liga e também dos torcedores por onde passam.
Tamika, por exemplo, recebeu uma homenagem de um fã incondicional. Ala do Indiana Pacers, Paul George não quis dar a menor chance para o azar, comprou 5 mil ingressos (sim, cinco mil ingressos!) e distribuiu para os torcedores da cidade não perderem a despedida de Tamika em uma partida de temporada regular no ginásio Bankers Life Fieldhouse.
O jogo contra o Dallas Wings será neste domingo às 17h (de Brasília), e certamente George estará na primeira fila para aplaudir a craque dona de quatro medalhas de ouro, um título de WNBA e 14 temporadas na mesma franquia Fever com a qual ela encerrará a sua brilhante carreira como a segunda maior em pontos (atrás apenas de Tina Thompson) e a primeira em rebotes da liga.
A idolatria de Paul George por ela é tanta que ele afirma que o motivo de ter trocado de número (do 24 para o 13) foi justamente Tamika Catchings. Segundo o craque do Pacers, a cidade de Indianápolis só pode ter um único atleta profissional a ser lembrado com o número 24 – e esse alguém, segundo o jogador, é Tamika. Dá bem a dimensão do que ela representa para o basquete dos EUA, para o Estado, para a comunidade e sobretudo para a WNBA. Uma pena que o Indiana Fever tenha remotas chances de avançar pesado nesse playoff, fazendo com que realmente não se prolongue muito mais a brilhante carreira de Catchings, uma das atletas mais profissionais, comprometidas e exigentes da história do jogo.
Se a despedida em casa para Tamika será neste domingo, a de Penny Taylor já aconteceu. Os mais de 10 mil torcedores que foram ao Talking Stick Resort Arena aplaudiram de pé a excepcional ala australiana que defende o Phoenix Mercury desde 2004 na vitória fácil contra o Seattle Storm.
Melhor jogadora do Mundial de 2006 conquistado pela sua Austrália no Brasil, Penny ainda tem duas medalhas de prata olímpicas (2004 e 2008), três títulos da WNBA com a franquia Mercury (2007, 2009 e 2014) e a média de mais de 13 pontos em sua carreira na liga norte-americana.
Penny, cujo comprometimento profissional sempre é elogiado por suas companheiras, se despede do basquete como uma das melhores alas a terem entrado em uma quadra de basquete. Ao contrário de Tamika, o elenco do Phoenix Merucry é muito bom e pode, mesmo com uma irregular campanha na fase regular (15-18 até o momento), avançar um pouco mais na pós-temporada.
Independente do time que você torce, quem gosta de basquete sabe que Tamika Catchings e Penny Taylor farão muita falta ao jogo. Duas craques de bola!
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