Brasil joga mal o 1º tempo, reage, mas perde da Lituânia na estreia

Se existisse um roteiro emocionante para a estreia da seleção brasileira masculina de basquete, ele não poderia ser mais fiel do que o que foi visto, na prática, neste domingo na Arena Carioca I. O Brasil jogou muito mal o primeiro tempo, foi massacrado pela Lituânia (58-29), reagiu na segunda etapa, acabou perdendo de 82-76 e abriu a sua participação no Rio-2016 com uma derrota dolorosa. Na terça-feira o time de Ruben Magnano enfrenta a Espanha, vice-campeã olímpica em 2008 e em 2012.

Desde o começo do jogo o domínio lituano ficou claro. Mesclando infiltrações de Kalnietis, bolas longas de Maciulis e passes para o jogo interno com Valanciunas, os europeus deixavam a defesa brasileira totalmente sem ação. No outro lado da quadra, o Brasil individualizava as ações diante de uma defesa que fechava totalmente os espaços e "pedia" chutes de fora a todo instante.

O intervalo com 58-29 não deixava muita dúvida do que estava acontecendo em quadra. Diante de uma torcida atônita, que não conseguia entender o que estava acontecendo, o Brasil não demonstrava reação e tampouco controle emocional para administrar um primeiro tempo muito ruim.

A segunda metade da partida começou com o Brasil mais intenso, mais agressivo na defesa, mais espaçado no ataque. Isso tudo foi suficiente não só para reduzir um pouco o déficit, mas para colocar a torcida junto do time. A margem baixou da casa dos 20 pontos a favor dos lituanos no final do terceiro período, e ao final de três quartos o placar anotava 70-52 pros europeus.

O último período veio e a formação com Raulzinho, Leandrinho (o melhor em quadra do lado brasileiro), Marquinhos, Augusto e Nenê deu certo. A marcação apertou, a diferença caiu, os lituanos ficaram pálidos com a possibilidade de perder e a Arena Carioca I transbordava em confiança na improvável vitória. No final, porém, os europeus mantiveram o sangue frio e venceram na estreia por 82-76 apesar de terem feito apenas 23 pontos na segunda etapa (o Brasil, 47).

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