Ala da seleção masculina, Alex Garcia avalia o grupo olímpico do Brasil

Recentemente foi sorteado o chaveamento olímpico para o Rio-2016, escrevi aqui sobre isso, e conversei com Alex Garcia, ala da seleção brasileira, a respeito disso em Mogi das Cruzes durante o Jogo das Estrelas. O ala de Bauru afirmou que, apesar do grupo ser muito difícil, prefere enfrentar as grandes seleções logo de cara. Confira a entrevista.

BALA NA CESTA: O que você achou do sorteio para a Olimpíada? Ficou ruim pra todo mundo?
ALEX GARCIA: O grupo é forte, forte mesmo, mas Olimpíada você não tem o que escolher, a gente sabe disso. O grupo é muito forte pra todos que estão nele, não só pra gente, mas às vezes, dependendo da nossa classificação, pode ser que fique mais tranquilo na fase seguinte.

BNC: O foco é, desde já, passar, mas ficar em quarto também não adianta muito, né?
ALEX: Temos que sair do quarto lugar, que significa praticamente enfrentar os Estados Unidos nas quartas-de-final. Ainda temos uma seleção que virá do Pré-Olímpico Mundial, mas independente de que time vier temos que absorver.

BNC: Na sua opinião, era melhor pegar um grupo tão duro assim de cara ou era melhor algo menos complicado de cara, e o nível de dificuldade ir aumentando aos poucos?
ALEX: É melhor assim, sabia? Se você cai no outro grupo, você pode até se classificar bem, mas depois o cruzamento é fortíssimo do mesmo jeito. Então eu acho melhor começa no grupo forte, já se adaptando ao nível alto da competição, pra depois, se possível, tentar um cruzamento um pouco mais fácil.

BNC: Muda um pouco a preparação da seleção o fato de cair em um grupo tão forte assim? Ou seja: é preciso começar pisando forte no acelerador de cara, ao invés de subindo gradativamente?
ALEX: Só de ser uma Olimpíada você já tem que entrar pilhado, muito pilhado. Não tem jeito. Vamos e precisamos entrar a 200 km/h. Não há outra maneira de jogar uma Olimpíada, ainda mais em casa. Esse é o objetivo e todos temos essa mentalidade.