Clarissa abandona time turco por falta de pagamento - e agora?
Não durou muito a experiência de Clarissa na Turquia. Pouco mais de um mês depois de ter assinado com o Orduspor, a pivô, que bateu de frente com o Corinthians / Americana quando do episódio envolvendo a briga entre clubes e Confederação Brasileira (a atleta ficou do lado da CBB, vale sempre lembrar), abandonou o clube.
O motivo? Falta de pagamento (uma das maiores pragas do esporte mundial, aliás). A informação foi divulgada em primeira mão pelo sempre ótimo Painel do Basquete Feminino. Aí há várias maneiras de "ler" a notícia:
1) Em primeiro lugar, não há o que se comemorar neste caso. Clarissa é atleta profissional e merece ser tratada como tal. Se não recebeu, que vá embora mesmo. Nisso está certíssima. Se não pagaram o que lhe foi prometido, é juntar as malas e sair fora. Quanto a isso, ponto pacífico.
2) Preocupa-me muito, porém, o ano pré-olímpico que uma das principais atletas da seleção brasileira feminina está tendo (tanto pelo lado emocional quanto pelo lado técnico da coisa). Vejamos: na temporada Clarissa jogou seis partidas pelo Corinthians na LBF, três pela seleção brasileira feminina no evento-teste e outras três pelo time turco. Ou seja: em pouco menos de seis meses, 12 jogos. Há a WNBA antes do Rio-2016, mas é muito pouco, não?
3) Há uma coisa que precisa ser dita e que merece um texto só para isso. O agente de Clarissa é Fábio Jardine, com quem falei ontem, a quem respeito e com quem sempre mantive a mais respeitosa das relações. Jardine é o mesmo empresário de Érika (e de 99,9% das jogadoras do basquete feminino brasileiro, diga-se). O que aconteceu com Érika há menos de três meses na mesmíssima Turquia? Ela saiu de lá porque… não recebeu sua grana. Com Clarissa o mesmo menos de 60 dias depois de ter chegado ao mesmo país.
3.1) Nem vou entrar no mérito da questão sobre o tempo da negociação de Clarissa durante a confusão envolvendo o Corinthians, ela e CBB (a transação foi de uma agilidade incrível…), mas este é um caso que merece grande reflexão sobre o papel do empresário esportivo, creio eu. O que será que Jardine e Clarissa farão agora? Outro clube na Europa? Ou aguardarão mesmo o início da WNBA?
4) Por fim, uma perguntinha: como a CBB está vendo essa situação toda? Será que ela se preocupa com o fato de Clarissa não estar atuando? Se ela está preocupada, o que está fazendo para minimizar o fato de ter uma de suas principais atletas chegar praticamente sem ritmo de jogo às Olimpíadas do Rio de Janeiro?
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