Na 'sombra' do Warriors, Spurs se consolida na vice-liderança do Oeste
Acaba que com a invencibilidade do Golden State Warriors em voga (19 vitórias seguidas, com a última sendo conquistada ontem em Utah com os 106-103) o foco praticamente de todo mundo ficou nos californianos. Além disso, três dos grandes concorrentes do Oeste começaram muito mal (Grizzlies, Rockets e Clippers), dando a impressão que o GSW nadará de braçada até o final do campeonato (ao menos na conferência). Uma olhadela mais apurada e… não, a resposta é: o San Antonio Spurs também inicia muito bem a temporada 2015/2016 da NBA. Os comandados de Gregg Popovich perderam do Bulls em Chicago ontem por 92-89, mas têm 14-4 e estão na segunda posição do Oeste.
Pop, obviamente, é o principal responsável pelo estilo de jogo (aquele que amamos – recheado de passes, buscando sempre o companheiro livre para o arremesso e altruísta até dizer chega), mas dentro de quadra quem está mandando no time mesmo é Kawhi Leonard (sim, o time é dele já há duas temporadas e não do trio formado por Ginóbili, Duncan e Parker).
Aos 24 anos e em melhor forma física do que nunca, Kawhi despeja, na média, 22 pontos (53% nos arremessos), 7,8 rebotes, 2,4 assistências e 1,9 roubo por jogo. Isso os números dizem. O que as estatísticas normalmente não mostram é que o camisa 2 ainda tem tido força para, no meio dessa numeralha toda, marcar normalmente o melhor arremessador do adversário (e este rival não passa dos 37% nos chutes, um ótimo índice).
É isso mesmo que você está pensando. O que parecia incrível aconteceu no Texas: ao mesmo tempo em que mantinha o time em alto nível disputando as primeiras posições no Oeste, Gregg Popovich conseguiu desenvolver, potencializar, estimular Kawhi Leonard ao nível que o ala chegou hoje. Ou seja: no momento em que a idade de Ginóbili (muito bem nesta temporada com 11,5 pontos aliás), Parker e Duncan chega, outro grande craque já está preparado para assumir a liderança da franquia nos próximos anos (ele renovou com o Spurs por mais cinco anos, não custa lembrar).
Além de Kawhi e do Big 3, não custa lembrar o ótimo desempenho de LaMarcus Aldridge. Ainda se adaptando ao estilo tático e conceitual de Gregg Popovich (sendo poupado em QUALQUER sinal de dor), o ala-pivô tem 14,8 pontos e 9,1 rebotes (ótimas médias para o padrão coletivo do San Antonio). Outro que vem bem é Patty Mills. Substituindo a Tony Parker com cada vez mais frequência, o australiano registra 21,8 minutos/jogo (sua maior média na carreira), 8,4 pontos e ótimos 42% nas bolas de três pontos.
No mais, é o estilo Spurs de ser que a gente está bem acostumado há 20 anos (desde que Gregg Popovich por lá chegou, passando por todas as transformações que ele a franquia passaram). São 10 jogadores com 10+ minutos por jogo, ótimo percentual de conversão de arremessos (os 47,7% são explicados principalmente pelo jogo de passes), 24,9 assistências (terceira melhor marca da NBA), ótima rotação de atletas e o bom índice de 1,77 passes/erros (quarto melhor da liga). Tem dado certo e é assim que o San Antonio tem se dado bem neste começo de caminhada na temporada.
Vale a pena se deliciar com o Golden State Warriors, sem dúvida alguma. Não custa, porém, ficar de olho no San Antonio Spurs, na minha modesta opinião o único time que consegue, hoje, bater de frente com Steph Curry e companhia. Ainda tem muita coisa pra acontecer até o playoff, mas os texanos estão cada vez melhores e, obviamente, aproveitando a temporada regular para entrosar Aldridge aos novos companheiros e descansar Duncan, Parker e Ginóbili.
Quem consegue descartar o Spurs tão cedo assim? Ninguém, né?
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