Mais do mesmo: seleção volta a jogar mal e perde do México
Infelizmente é um filme repetido este que estamos vendo na Copa América masculina. Em mais uma atuação muito ruim, a seleção de Rubén Magnano perdeu ontem à noite para o México por 65-58 e agora soma duas derrotas em três encontros na competição. Hoje o time está de folga e amanhã, caso perca do possante Panamá, pode até mesmo ser eliminado do torneio na primeira fase, repetindo o fiasco de 2013 na Venezuela.
Antes de falar do jogo em si, vale reiterar a observação feita aqui depois do jogo contra a República Dominicana: dos 12 períodos jogados pela seleção brasileira na Copa América em apenas um (o segundo do jogo de ontem) a equipe conseguiu anotar mais do que 17 pontos. Diante dos mexicanos, que estão longe de ser uma potência do basquete e bastante longe de terem jogado bem nesta quarta-feira em casa, foram surreais 41 pontos nos três últimos períodos, algo completamente fora dos padrões e que coloca a média de pontos dos comandados de Magnano em 62 por jogo, com a terrível média de 1,55 ponto por minuto.
Sobre a partida de ontem, sinceramente não consigo entender a liberdade que Gustavo Ayon, melhor e mais reconhecido jogador do México, teve em quadra. O pivô do Real Madrid teve 12/19 nos chutes, 27 pontos, 13 rebotes e foi pouco incomodado. Será que ninguém sabia que o jogo mexicano se baseava quase que integralmente nele? Não era o caso de dobrar a marcação no cara e sufocá-lo com jogadas seguidas de corta-luz no ataque para cansá-lo? Além disso, o que dizer de um time que contra um adversário do segundo (ou terceiro) escalão acerta tantos arremessos (18) quanto desperdiça bolas (as mesmas 18)? Não pode dar certo, não é mesmo?
Odeio fazer análises subjetivas, falando em lado psicológico, algo tão empírico assim, mas me parece claro que o time que vimos no Pan-Americano com 9 dos 12 jogadores que estão no México não existe mais (ou ao menos não se apresentou para a Copa América). Aquele basquete solidário, recheado de passes, que fazia e acontecia com a bola nas mãos e deixava sempre um companheiro livre, isso não consegue-se ver nas quadras da Cidade do México. O ataque está travado, a defesa age para tentar corrigir os problemas do outro lado da quadra e assim o jogo não flui de maneira alguma. Já são três jogos assim e nenhuma evolução de uma partida para outra.
Conversei ontem com um treinador muito experiente, e ele me disse o seguinte: "Vocês falam muito em defesa, mas jogador brasileiro ganha confiança mesmo é quando está bem no ataque, quando as coisas vão fluindo direitinho no setor ofensivo. Não sei se isso é certo ou errado, pode ser um defeito de formação do basquete daqui, mas é assim que funciona no Brasil há tempos. E o que vemos com este time do Magnano é uma total falta de confiança dos atletas porque quando estão com a bola na mão eles não sabem mais o que, quando e como fazer".
O analista em questão não deixa de ter razão, né? O que você tem achado do Brasil nesta Copa América? Muito abaixo do esperado? Comente aí!
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