O Draft da NBA: escolhas ou negociações - o que as franquias farão?

Começou uma das semanas mais importantes do ano para as franquias da NBA. É a semana do Draft, aquela que pode mudar os destinos da franquia em caso de uma escolha certeira (ou de uma escolha errada também).

O evento acontecerá na quinta-feira no Barclays Center, ginásio do Brooklyn Nets, às 21h (ainda não se sabe se haverá transmissão para o Brasil) e há, além das escolhas em si, muito mais em jogo. A ordem completa você acompanha no site oficial, e na foto ao lado coloquei as 10 primeiras posições.

Ao que parece, o Minnesota Timberwolves se inclinou mesmo a escolher Karl-Anthony Towns (foto), pivô de Kentucky. Com isso, o time de Flip Saunders terá, para a próxima temporada, as três últimas primeiras escolhas do Draft em quadra (Anthony Bennett, em 2013, Andrew Wiggins, via troca com o Cleveland por Kevin Love em 2014, e provavelmente Towns neste ano). Depois do Wolves é que a coisa começa mesmo a pegar – não em relação ao que os times irão fazer com suas escolhas, mas sim com a possibilidade de negociações dos picks.

Com a segunda escolha, o Los Angeles Lakers pode escolher o pivô Jahili Okafor (de Duke) para ser titular do garrafão no lugar do não mais que razoável Jordan Hill ou o talentoso ala-armador D'Angelo Russell (Ohio State), que se autodeclarou o melhor jogador desta fornada. Mas não é algo tão simples assim para os angelinos. Como quer vencer no provável último ano da carreira de Kobe Bryant, a franquia cogita, sim, trocar a segunda escolha por algum atleta mais pronto (justamente o que o Cavs fez para ter Kevin Love no elenco). Mesmo tendo muito espaço na folha salarial para investir em novos atletas no mercado de agentes-livres, começar dando, na largada da temporada 2015/2016, um recado que, sim, terá um elenco forte pode ser algo bem interessante e que renderá frutos rapidamente.

Mesmo expediente pode seguir o Philadelphia 76ers, que se encantou com o letão Kristaps Porzingis. Com 19 anos e 2,16m e jogando na ala do Sevilla na Liga ACB, o cara teve 11 pontos de média e impressinou pelo que poderá render em futuro próximo na NBA. Como nunca se sabe o que a franquia tem em mente, uma negociação não pode ser ignorada.

Outro que coloca esta mesma possibilidade na mesa é Phil Jackson. Presidente de operações do New York Knicks, ele tinha o objetivo de "limpar a folha salarial" em seu primeiro ano para abrir espaço para novos investimentos no futuro. Isso já foi feito (inclusive encontrando um time para segurar o contrato de JR Smith). Agora, como se imagina, o Mestre Zen partirá para o ataque. Ninguém com o seu (dele) currículo aceitará perder tanto (17-65 em 2014/2015) novamente e trocar a quarta escolha por alguém de alto nível faz bastante sentido para a franquia da Big Apple.

São estas algumas das cartas na mesa do Draft de quinta-feira. Até lá falarei mais da escolha dos jovens (escolha que este ano não terá brasileiros inscritos – apenas os automáticos, devido a idade, como Leo Meindl e Henrique Coelho). As escolhas serão importantes, mas por trás delas haverá um punhado de negociações que poderão mudar os rumos das franquias logo de cara. É bom ficar de olho.