Em casa, Houston tenta evitar eliminação contra o Clippers
Das quatro séries semifinais da NBA, a única que não está empatada em 2-2 é a envolvendo Houston Rockets e Los Angeles Clippers. Mostra bem, ou quase que perfeitamente, o domínio do time de Chris Paul e Blake Griffin contra o de James Harden e Dwight Howard. Com 3-1 na série, os Clippers podem se classificar pela primeira vez na história da franquia a uma final de conferência Oeste caso vençam os Rockets no Texas às 22h30 de hoje (ESPN).
Poderia perder algumas linhas para falar do tosco-porém-legal expediente que Kevin McHale tem usado para levar DeAndre Jordan a linha de lance-livre (no domingo foram 34 vezes, recorde da história do playoff), mas nem vale a pena e tenho medo de o foco mudar. O que faz o Houston ser amassado pelo Clippers nesta série de playoff é justamente a sua péssima defesa (e não a tática adotada para levar um péssimo cobrador de arremessos livres a marca fatal).
Não sei alguém deu uma olhadela, mas são 117,5 pontos sofridos pelo Houston por noite (20% a mais que na temporada regular), algo realmente absurdo, fora dos padrões. Não creio que alguém consiga ganhar uma série de playoff assim neste nível. Não creio que alguém com Dwight Howard, considerado um monstro defensivo, esperasse ser tão dominado pelo ataque do Clippers assim. É óbvio que Patrick Beverley faz muita falta no combate a Chris Paul (jogando, tal qual aconteceu contra Tony Parker, do Spurs, mais uma vez totalmente à vontade), mas beira o ridículo que um time com D12 no meio do garrafão leve 47,5 pontos por jogo nesta série perto da cesta (é um número alarmante). Blake Griffin é craque, mas tem tido total liberdade para fazer seus movimentos e quase nunca é incomodado pela marcação, convertendo assim 53,9% de seus arremessos de quadra (em playoff o índice é ainda mais assustador…).
É um fato que James Harden poderia estar jogando muitíssimo melhor apesar de seus 24,5 pontos de média (não é um número ruim, obviamente). O candidato a MVP deveria estar atacando mais a cesta, mas parece travado diante do domínio defensivo do Clippers e tem sido muito obrigado a passar a bola devido às dobras da defesa de Doc Rivers (são 9 assistências por jogo de média no duelo). Tem, é verdade, faltado um pouco daquele instinto assassino que vimos do camisa 13 durante toda a temporada regular. Mas jogar a responsabilidade no insucesso do Rockets em sua barba não me parece o mais indicado.
O problema dos texanos está na defesa. Ainda dá tempo de resolver. Vencer em casa é jogar, também, a responsabilidade de fechar o duelo para o outro lado e mostrar que deu tempo de corrigir os seus problemas. Para não entrar de férias amanhã, só há remédio: que os Rockets marquem como eles ainda não conseguiram fazer nesta série.
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