O começo das quartas-de-final do NBB - palpite você também!

Depois de oitavas-de-final de arrepiar (e de quebrar comentarista, pois houve muitas surpresas) começa hoje a fase de quartas-de-final do NBB. No formato de melhor de cinco partidas (duas na casa do de melhor campanha para começar, duas no de pior campanha e, se necessário, o quinto duelo no de melhor retrospecto para fechar), as oito melhores equipes começam hoje os confrontos (aqui o calendário completo, inclusive com as transmissões de Sportv e do site da Liga Nacional).

Vamos às análises e palpites, mas antes um dado interessante: somente três das 24 séries quartas-de-final foram vencidas pelo time de pior campanha que veio das oitavas (aproveitamento de 12,5%).

Bauru x Franca -> É mais um duelo de uma rivalidade fortíssima que se criou recentemente envolvendo duas cidades apaixonadas por basquete. Franca tem o Pedrocão (será que vai encher pela primeira vez em muito tempo?), a tradição, seus três excelentes alas (Léo Meindl, Marcos Mata e Lucas Mariano), um técnico acostumado a mata-mata (Lula Ferreira), mas não sei se isso será suficiente para vencer Bauru, invicto há 25 jogos no NBB e campeão, nesta temporada, de Liga das Américas, Liga Sul-Americana e Paulista. Os bauruenses estão com a confiança lá em cima, contam com o provável MVP da competição (Alex Garcia – na foto à esquerda), têm em Guerrinha um comandante experiente e o mando de quadra. Será interessante ver o duelo na armação (Figueroa x Ricardo Fischer) e também como o jovem Léo Meindl se sairá diante do fantástico Alex, que deverá marcá-lo no começo da série.
Meu palpite: Bauru em quatro

Limeira x Brasília -> Está aí um duelo difícil de prever alguma coisa. Limeira fez excelente campanha na fase regular (25-5), mas nunca venceu uma série de playoff em sua história (são cinco duelos e cinco derrotas) e isso certamente pesa bastante contra o time de Dedé (foto à direita). Contra um rival muitíssimo experiente, como é Brasília, isso pode ficar potencializado caso a turma da capital consiga roubar uma vitória nos dois primeiros jogos que acontecem no interior de São Paulo (o primeiro é hoje, às 20h, com transmissão do site da Liga Nacional). Nezinho, armador limeirense, enfrentará sua ex-equipe pela primeira vez em pós-temporada e seu desempenho pode ser decisivo. Chamo a atenção, também, para os dois norte-americanos (David Jackson e Kyle Lamonte, ambos gatilhos bem certeiros) e para a boa fase vivida por Guilherme Giovannoni, líder, melhor jogador de Brasília e com média de 15 pontos e 5,8 rebotes até agora no mata-mata.
Meu palpite: Limeira em cinco

Flamengo x São José -> Outro duelo que tem muita história envolvida. Os dois times já estiveram frente a frente em três oportunidades por playoffs (nas quartas do NBB2 e em duas semifinais no NBB4 e NBB5 – 2-1 para o rubro-negro). E tem mais: o Flamengo NUNCA foi eliminado nesta fase da competição. Seria simplista dizer que, com mando de quadra e com esse retrospecto os comandados de José Neto (foto à esquerda) se credenciam a avançar às semifinais. Mas não é só isso. O Flamengo tem um elenco mais forte mesmo, venceu São José com autoridade na fase de classificação duas vezes e descansou na fase anterior. Para São José, é fundamental defender muito bem desde o começo. No jogo do returno no Rio de Janeiro a equipe de Zanon iniciou o duelo muito mal, viu a vantagem chegar a 20 pontos e teve que correr atrás loucamente por 30 minutos. Em playoff, e contra um grupo muito experiente como é o da Gávea, é muito perigoso. Se quiser ganhar e chegar entre os quatro, os joseenses precisam sair do Rio de Janeiro com pelo menos uma vitória (como fizeram contra o Paulistano nas quartas-de-final, aliás).
Meu palpite: Flamengo em cinco

Mogi x Macaé -> A história de Macaé lembra muito a de Mogi na temporada passada. Os mogianos assombraram a todos vencendo série atrás de série, chegando às semifinais sem ninguém esperar. Os macaenses, do excepcional Jamaal, surpreenderam o Minas, venceram o duelo por 3-1 e se colocam entre os oito melhores pela primeira vez na história do NBB. Possuem uma torcida que lota o ginásio Juquinha (canta até o hino da cidade!), um promissor técnico (Léo Costa) e muita disposição. Mas não creio que isso seja suficiente para derrotar Mogi, do ótimo técnico Paco Garcia e do excelente ala Shamell, um dos cotados para integrar o time ideal desta temporada.
Meu palpite: Mogi em quatro

E você, quem acha que leva? Comente aí!