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Bala na Cesta

Olho em Breanna Stewart, novo fenômeno do basquete dos EUA

Fábio Balassiano

08/04/2015 14h00

bre1No dia 29 de julho de 2013 escrevi aqui sobre a jovem Breanna Stewart. À época com 17 anos, ela acabara de conquistar o título do Mundial Sub-19 com os EUA, sendo eleita a melhor da competição (algo comum em sua curta carreira mesmo jogando em categorias acima às de sua idade). No mês seguinte entrevistei a ala de 1,93m (sim, ela é ala mesmo com a altura de uma pivô) e fiquei, desde então, monitorando seus passos.

bre4Vieram, em um ano, os títulos Mundial Adulto na Turquia (a novata conseguiu descolar 36 minutos na competição) e dois da NCAA por Connecticut (2013 e 2014). A expectativa e seus números (13,4 para 19,8 pontos) só cresciam sob o comando de Geno Auriemma, técnico dela na faculdade e também na seleção. Exigente, Geno exige trabalhos específicos de sua jóia e lapida seu talento para torná-la ainda mais completa.

bre3A história de Breanna Stewart ganhou ainda mais um ponto bonito na noite de ontem, quando ela conquistou o seu terceiro título por Connecticut ao ajudar seu time a vencer Notre Dame por 63-53 com 8 pontos e 15 rebotes, feito só conseguido por Diana Taurasi (outro mito da modalidade). Em todos ela foi a MVP do March Madness feminino, um feito absurdo e comparável apenas ao que Kareem Abdul-Jabbar conseguiu em UCLA (três MVP's seguidos). Falando em números empatados, Geno conseguiu seu décimo título como técnico, número igual ao de John Wooden na mesma UCLA.

E ao contrário de Taurasi, Breanna ficará, por opção própria, mais um ano em UConn e poderá completar a sua carreira universitária com surreais quatro títulos em quatro anos. Abaixo um vídeo sobre o título desta terça-feira em Tampa (aqui de entrevistas).

Breanna1Há jogadores que mudam a modalidade. Foi assim com Lisa Leslie e Teresa Edwards. Foi assim com Hortência e Paula. Está sendo assim com Diana Taurasi e Brittney Griner. Pode vir a ser assim com Breanna Stewart. Não tenham a menor dúvida: ela é a próxima da linhagem das grandes atletas do basquete mundial. Vê-la de perto na Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016 será não só um privilégio, mas presenciar os primeiros passos de sua linda história.

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